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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A Sucessão Política de Orobó Na Linha do Tempo: Efeitos na Educação.


 

1988 a 91/   92 a 95/ 96  a 2004/2005 a 2012/2013---------
Dr. Reinaldo/M João  /    Zé Francisco/ M. João   /Cléber José

Nos últimos 25 anos orobó, teve quatro prefeitos. Cada um com seus defeitos e virtudes, sujeitos históricos com erros e acertos. Cada um contribuiu para o desenvolvimento em geral. Alguns também, foram responsáveis por  pequenos avanços e  outros  por retrocessos nas causa inerentes a Educação.
No final da década de 80 vivemos sobre a administração do famoso Dr. Reinaldo. Um excelente médico e um péssimo político. Atrasava pagamentos e prometia mais do que todo o Brasil junto. Começamos ganhando um salário mínimo e terminamos o mandato ganhado meio. Um retrocesso imperdoável. Porém, o cara tinha uma excelente virtude. Era amigo dos amigos e quem era próximo a ele, era tratado como alguém de casa. Muito dedicado à saúde, receitava até debaixo de uma árvore e se o caso fosse grave ele se virava com seus amigos em Recife. Não há quem negue que todos os oroboenses que foram internados gravemente em hospitais de Recife, tenham sido desprezados  por ele. Muitas famílias lhe devem esses favores. Não era perseguidor e foi muito justo ao fazer o concurso público sem falcatruas. Inês Cabral era a Secretária de Educação e tinha um jeito humanizado de tratar a todos. Eram tempos difíceis. Não Havia fundo próprio para Educação e, tínhamos como presidente José Sarney. A inflação quase leva o país à falência. Isso minimiza um pouco da culpa do gestor,por ter feito pouco pelos profissionais do ramo. No início dos anos 90 assume o Comando do município, Manoel João. Sindicalista, engajado com os trabalhadores rurais , popularmente. Conhecido como O PREFEITO DAS OBRAS. Isso lhe rendeu muitos frutos. Eletrificou o campo apagando os candeeiros, derrubou casebres de barro e construiu casinhas de alvenaria para muitos carentes. Um político simpático que conquistou muitos admiradores. Pode-se dizer que era  “ O GETÚLIO VARGAS DE OROBÓ” amado por muitos e detestado por outros tantos como político. Os dois extremos justificam-se por ser um homem de bom coração e caridoso por um lado. Entretanto, seu outro lado irresponsável, apontava-lhe um péssimo defeito: Era muito mal pagador!
Deixou a prefeitura devendo cinco meses de salários aos professores. Mesmo com esse erro irritante, ele elegeu Zé Francisco, Seu companheiro de luta sindical, que veio de Brasília e pouco conhecido na nossa terra, apesar de ser de origem capoeirense, não era um candidato conhecido por todos.
Zé Francisco foi um SHOW de SUCESSO administrativo em seu primeiro mandato. E podemos dizer que foi o melhor Prefeito da história de orobó, das últimas três décadas. Não era um político cativante. Era um administrador competente. A Educação Fundamental passou a ser custeada pelo FUNDEF e deu um pulo inédito nas questões de valorização salarial, merenda, formação continuada com doutores em educação etc.
Aberto ao diálogo ele recebia a equipe do SINTEPE e dialogava sobre nossos conflitos de idéias. Conseguimos muitos rateios das sobras dos 60% das verbas do FUNDEF, pertencentes ao salário do professor. Equivalente a Décimo quarto e quinto salários.
Orobó evoluiu como um todo. Comércio local, construção, erradicação de grande parte do analfabetismo através dos programas Brasil alfabetizado, PETI, Se LIGA e etc. tinha como Secretária Josefa Martins, Inteligente, dedicada, responsável com as causas da educação e exageradamente exigente. Muitos não lhe tinham simpatia, mas ela provou ser uma profissional nota 10.
De 2005 a 2012, volta o Manoel. Agora, chamado de Mané do Povo. Seu jeito torto de governar, lembra  o ditado popular de escrever certo por linhas tortas. Isso porque ele tinha o dinheiro da prefeitura como dele. Desorganizado, retirava o direito de Maria e dava a José, a João , e a zefinha. Mas esses (joséis, joãos e zefinhas), ou eram pessoas necessitadas ou amigos que o ajudaram na sua vida política. Era uma bagunça de certa forma “HUMANA”. Saiu devendo novamente aos professores e acho, que pensa ser normal. Porém todos esses prefeitos citados ou congelaram salários, ou evoluíram, ou tivemos que lutar muito para adquirir direitos. Nunca se Viu na História de Orobó um prefeito retirar o que já está sendo pago. Essa proeza é Exclusividade do prefeito atual.
Nossa Carga horária foi concedida baseada na lei do Piso, 11.738 com 33% para aulas atividades em 2013. Agora ele quer burlar a lei e retroceder para 240 aulas em sala, aumentando de cinco para seis expedientes;.
Não paga gratificação aos diretores, já garantidas no PCCR;
Não paga a gratificação de locomoção de acordo com o piso salarial;
Não obedece ao PCCR em vários artigos e incisos.
Mas cobra do professor, assiduidade, pontualidade e ensino eficiente.
Persegue politicamente quem não reza sua cartilha;
Usa  dois pesos e duas medidas para o mesmo produto.
De modo Geral, Perdeu a simpatia e o brilho nos olhos.
O fenômeno Popular, chaparral, reduziu-se a quase nada. Rompeu com 90% do palanque que o elegeu e abandonou a maioria de seus eleitores. Aliou-se a alguns adversários e se perdeu completamente do seu projeto inicial de mudar Orobó.
Conclusão: Reinaldo tina pouco dinheiro, tempos difíceis, e fez muita caridade. Foi mau prefeito e amigo dos amigos.
Manoel João, foi o Homem das obras, o pai dos miseráveis, a dor de cabeça dos professores,  o inadimplente, e o protetor de quem era seus seguidores. Seu nome Gratidão.
Zé Francisco, o mais justo das últimas décadas e talvez o menos sabido. Sendo o melhor, foi condenado como pior, por ter confiado em quem não devia.
Chaparral hoje, podia ser chamado Ingratidão.  Ainda há muita água para rolar nesse rio. Quando passar a tempestade que ele hora promove, sobrarão os rastros das pedras que rolarem e as águas do rio correrão por outro leito, alimentando novos campos verdejantes. Talvez, no velho rio, ele não encontre uma gota d’água para matar sua sede.
Semeias o bem por onde passas e colherás flores perfumadas nos jardins da vida. Madalena França


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