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segunda-feira, 31 de março de 2014

50 Anos do Golpe que levou ao Vergonhoso Regime da Ditadura Militar no Brasil!

Jornal GGN – Preparamos uma série de reportagens e artigos, inéditos ou publicados, que traçam um pequeno perfil dos idos de 1964 até 2014. Cada item carrega uma enormidade de significados para os brasileiros calados por um regime que não escolheram, vitimados por uma repressão violenta, destituídos de seus direitos e de seus sonhos. Personagens trazem, às páginas da nossa história, seu quinhão de participação nesses anos duros, anos de chumbo. E cada um deles nos relembra um período que não deve mais se repetir. Cada entrevista, uma aula, e cada aula um alerta aos tantos jovens que não viveram esse período.
Almino Affonso
O ministro do Trabalho de João Goulart resgata os principais fatos que antecederam o golpe militar de 1964, numa verdadeira aula de história com direito às curiosidades de bastidores que só um dos homens próximos a Jango, como Almino, poderia revelar. Durante a entrevista exclusiva ao GGN, o ex-deputado federal reconstrói a conversa com Leonel Brizola a respeito da Frente Ampla Parlamentar. O fracasso do grupo suprapartidário e daria a governabilidade necessária a João Goulart também foi determinante ao sucesso do golpe.

Bernardo Kucinski
Bernardo Kucinski, considerado um dos mais experientes e respeitados jornalistas do país. Físico de formação na USP, ele foi levado para o jornalismo a convite do amigo Raimundo Pereira, editor do Amanhã, já em meio à ditadura militar. Autor de dossiê sobre as torturas, apresentado a Médici, responsabiliza a mídia pelo recrudescimento das perseguições.

Urariano Mota
O jornalista e escritor Urariano Mota relata o que viu e viveu nos anos de chumbo, no Recife. São duas entrevistas, duas abordagens sobre o mesmo tema. Na primeira, o jornalista fala sobre o papel da imprensa e de seus profissionais naqueles anos.
Na segunda entrevista, o escritor traz os tempos tenebrosos com seu livro “Soledad no Recife”. A obra descreve a passagem da militante paraguaia pela capital pernambucana, durante o governo de Médici. Soledad Barret foi assassinada no caso conhecido como a Chacina da Chácara São Bento.
 
Marcha da Família
Também determinante ao sucesso do golpe foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade. A primeira edição do evento reuniu cerca de 500 mil pessoas só na capital paulista. A saída de Jango do poder e a extinção de tudo que poderia ser classificado como uma ameaça comunista viraram a bandeira dos populares que saíram às ruas por provocação dos setores conservadores da sociedade civil. Cinco décadas depois, em março de 2014, uma nova marcha é convocada, mas nem 1% do volume registrado em 64 atendeu ao chamado dos neo-reacionários - sinal de que o sentimento golpista e antidemocrático ficou para trás.

Crianças da ditadura
Filhos dos ativistas políticos que caíram nas malhas da ditadura relembram sua infância roubada pelo medo, pelos destratos, pela solidão. São adultos que carregam marcas do que aconteceu com seus pais, ou pior, do que lhes aconteceu. São somente alguns relatos dos tantos ocorridos pelo país.

Dilma Rousseff
A presidente não dá entrevistas sobre o tema. E não dá por não ter condições de atender às centenas de pedidos que recebeu neste momento de lembranças pelos 50 anos do Golpe Militar. Ela foi protagonista, sofreu três anos nos porões e cadeias da ditadura. E não abriu mão de sua história e suas crenças. Sem aprofundar em sua biografia, três momentos de sua vida foram separados, para ilustrar o ontem e o hoje.

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