O ex-gerente da diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco confessou ter recebido US$ 22 milhões em propina da empresa holandesa SBM Offshore, que aluga navios-plataforma. Segundo o jornalO Globo, Barusco também admitiu, em depoimento à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal, que recebeu cerca de US$ 100 milhões em propina para fechar negócios entre grandes empresas com a estatal desde 1996, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
No acordo que fez para delatar o esquema, o ex-gerente se comprometeu a entregar aos cofres públicos todo esse valor, algo em torno de R$ 253 milhões, considerado o maior volume de dinheiro a ser devolvido a partir de uma investigação criminal no país, mostra a reportagem de Jailton de Carvalho. Barusco contou que conseguiu acumular fortuna maior do que outros diretores envolvidos no esquema porque recebeu propina por quase duas décadas – mais tempo que seus colegas.
O ex-gerente se aposentou na Petrobras em 2010 e atuou, em seguida, como diretor de Operações da Sete Brasil, empresa que tem contrato de US$ 80 bilhões com a estatal. Na Petrobras, ele era o braço direito do ex-diretor de Serviços Renato Duque, apontado pelos investigadores como principal operador do PT no esquema.(Do Congresso em Foco) |
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