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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

'Fracasso subiu à cabeça', afirma líder do PT no Senado sobre Aécio Neves

01/12/2014 19h00 - Atualizado em 01/12/2014 19h21

Aécio disse que perdeu eleição presidencial para 'organização criminosa’.

Da tribunal, Humberto Costa chamou tucano de ‘quixotesco perdedor'.

Priscilla MendesDo G1, em Brasília
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse nesta segunda-feira (1) que o “fracasso subiu à cabeça” do senador Aécio Neves (PSDB-MG). O petista chamou de “infame ópera-bufa” a declaração do tucano de que perdeu as eleições presidenciais de outubro “para uma organização criminosa”.
A frase foi proferida durante entrevista no programa de Roberto D’Avila, na GloboNews, exibida no último sábado (29) –veja no vídeo ao lado a partir de 4min.

Humberto Costa subiu à tribuna do plenário do Senado para rebater as declarações de Aécio. Em tom exaltado, chamou o tucano de “quixotesco perdedor” e disse que “passou a hora de assumir a derrota”.

Durante a entrevista, Aécio Neves disse que não perdeu a eleição para um “partido político”, mas para uma “organização criminosa que se instalou no seio de algumas empresas brasileiras patrocinadas por esse grupo político que aí está”.

“É um caso inusitado em que a derrota subiu à cabeça, em que o fracasso subiu à cabeça”, disse Humberto Costa. “É uma infame ópera-bufa, essa que está sendo protagonizada pelo que eu chamo de ‘candidato derrotado em exercício’, em que sobejam atuações de péssimo gosto e para as quais há cada vez menos holofotes”, disse Costa em tom ríspido.

O petista disse ainda que é preciso “deixar de lado esse comportamento pueril”. “Chega! Passou da hora de assumir a derrota!”, completou Costa durante pronunciamento.

Depois, em entrevista a jornalistas, disse que a comparação de Aécio foi “irresponsável” e que o PT fará uma “interpelação judicial e provavelmente vai processá-lo”.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) apoiou o colega de partido e, durante aparte à fala de Costa, criticou as manifestações populares que pedem o impeachment de Dilma. Ele comparou esses protestos à União Democrática Nacional (UDN), partido político conservador criado na década de 40 em oposição ao ex-presidente Getúlio Vargas.

“Parece que eles voltaram aos anos 50, naquele papel nefasto daquelas posições claramente golpistas que fizeram contra o governo Getúlio, contra o governo do Juscelino e contra o governo do Jango”, disse Lindbergh.

A senadora Ana Amélia (PP-RS), que apoiou Aécio Neves na campanha eleitoral saiu em defesa do tucano, o qual, segundo a parlamentar, tem “profundo respeito pela democracia”.
Ela lembrou que o governador do Rio Grande do Sul, petista Tarso Genro, chegou a publicar um artigo no qual pedia o impeachment do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

“Houve, sim, pedido de impeachment de Fernando Henrique, feito, escrito por Tarso Genro, formalizando praticamente um sentimento que podia de ser de um grupo, não de todo o seu partido. Mas apenas para dizer que temos que ter, digamos, um grande respeito pela história e pela verdade”, disse.

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