A água é um líquido precioso. A desenfreada degradação da natureza faz a cada ano verões mais quentes e secos. Em Serra de Capoeira Orobó, nunca uma novela durou tantos capítulos. Desde a posse do atual gestor há dois anos e três dias, que o povo da localidade sofre os transtornos da falta d'água ou do desperdício dela. O fato ocorre porque o serventuário da PMO, que foi colocado para cuidar da água, não entende nada do serviço. Na verdade faz dó, vê-lo todos os dias quebrando o que diz está errado, sem saber concertar. Quando a população recorre ao prefeito ele diz que não mandou o senhor Geraldo da "Varge Larga"trabalhar. Seu Geraldo tem problema de saúde e fala que quase ninguém entende. Mas disse em frente a minha casa, a um grupo de meninos que o perturbava perguntando pela água, que havia entregue o serviço, porque só recebia duzentos reais para fazê-lo. Não quero mais esse emprego, disse o mesmo.
A realidade é que ele nunca teve capacidade para a função. Ou abre demais a vazante de forma que a água vem muito forte e arrebenta todos os canos, deixando o desperdício como nessa foto fictícia , ou tem que fechar para não ficar em aberto. Uma verdadeira novela. Ou não tem, ou tem para jogar fora.
Depois de mais de um ano com um buraco aberto no meio do calçamento da ladeira ,subida de acesso para o centro da vila, a prefeitura mandou tapar, colocou um registro perto do anexo da escola, eliminando o cartão postal do descaso com a coisa pública. No dia seguinte, o Senhor Geraldo passou o dia inteiro do lado da minha casa, mexendo neste registro. É coisa para louco!
Já havíamos passado mais de um mês sem água, inclusive o Natal. João Matam, funcionário da COMPESA,passou na vila e disse que a barragem estava cheia e havia liberado a água, mas não tinha chave para liberar na caixa d'água que dá acesso a Serra. Moradores da Vila, se encarregaram de usando chave de sua propriedade, liberar a água. Assim foi feito. A água chegou nas torneiras. No outro dia, seu Geraldo vai pedir de volta o emprego. Agora fica cutucando os canos, sem ter um simples equipamento (uma chave apropriada), e o povo abusando o coitado. Só se escuta os gritos; Cadê a água Geraldo ? Ele se manifesta xingando o povo. E a novela continua...
Quantos capítulos terão ainda a água do Orobó novo?
Na minha opinião a culpa não é do coitado do homem, que não sabe lidar com o trabalho, mas de quem o contratou, sem nenhuma qualificação. Além disso, quem sofre é a população que fica sem a água.
Perguntar não ofende: É essa a Orobó que está ficando bonita?
A responsabilidade é de quem não sabe fazer ou de quem contrata quem não sabe fazer?
Será que a prefeitura não dispõe de uma chave para abrir esta água?
Seu Geraldo cansou de tomar emprestado uma a um morador da serra.
De quem é a responsabilidade pelo bom andamento das coisas públicas no município?
Escrito por Madalena França.
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