Entrevista: O Presidente do Conselho do Desenvolvimento Sustentável de Orobó, Paulo Brito fala tudo...

  

  Quadro frente a frente tem hoje uma missão: Saber quem é o Cidadão Paulo Brito na íntegra.

Amigo Paulo ,como sei que você é um assíduo leitor do Com Deus e a Verdade,  começo dizendo-lhe Obrigada pelo o crédito a mim concedido. Entretanto, devo lembra-lo que você hoje é meu entrevistado e a responsabilidade pelas respostas é inteiramente sua, tendo eu, apenas o compromisso de reproduzir a sua fala de forma ética , sem acréscimo e nem interpretações duvidosas. Sabendo de sua cidadania e integridade moral, nem preciso orientá-lo a não usar ofensas a qualquer pessoa, visto que você dispensa esse tipo de advertência pelo cidadão honrado que é.

Obs( Madalena- M e Paulo P ).

Dados de Identificação;
Nome- Paulo César Barbosa de Brito
Residência- Caraúbas Orobó.
Estado Civil- casado
Profissão Atual- Autônomo.
Cargo- Presidente do Conselho Sustentável de Orobó.

M- Paulo, há quanto tempo você ocupa o cargo de presidente do Conselho Sustentável de Orobó?

P-Desde novembro de 20013.

M- Você recebe algum tipo de remuneração por ter assumido este cargo?

P-Não minha amiga. Este é um trabalho totalmente voluntário, onde me enche de alegria poder contribuir através das Políticas Públicas, na constante busca de angariar recursos com o propósito de beneficiar as famílias rurais carentes, onde essas ajudas custam a chegar. Pelo contrário, muitas vezes,uso meus próprios recursos para atendê-los da melhor maneira possível.

M- Embora tenha sido um curto espaço de tempo, que Orobó lhe teve a frente da Secretaria de Agricultura, você é merecidamente muito elogiado até hoje por várias pessoas.Quais foram as suas contribuições deixadas nessa área ao nosso município?

P- Primeiramente, todas as pessoas foram tratadas por mim e meu grupo, enquanto secretário, sem nenhuma discriminação de qualquer que fosse a cor partidária. Para mim isso enriquece a Democracia. A Secretaria  não tinha estrutura suficiente para se fazer um trabalho com eficiência. Mesmo assim, em 15 meses conseguimos dois fiats Uno seminovos através da Secretaria de Agricultura do Estado. ( um pelo IPA outro pelo ADAGRO).Esses veículos hoje são usados para outros fins  no município; Também conseguimos aumentar o número de caminhões pipas junto ao IPA de dois para 6;mantivemos as parcerias com o GF, para fornecer água pelo Ministério da Integração Nacional;além de 300 caixas d´água  de mil litros distribuídas as famílias de baixa renda, junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário; Agilizamos o recebimento de 5 equipamento do PAC 2 (  caminhão pipa caçamba, retroescavadeira,motoniveladora-patrol,e uma pá enchedeira .
Além disso criamos o Plano Municipal de Contingência, que trata da defesa civil municipal, para lidar com situações de risco em caso de estiagem e seca prolongada, ou desabamento de encostas em épocas chuvosas e outros).
Ao sair, ficaram agendados junto ao INCRA, documentação para mulheres rurais com recursos do MDA; e 1500 filtros de barro que na minha saída foram distribuídos pela Secretaria de Saúde, com recursos do CODECIPE,e ainda batemos record em vacinação do gado bovino atendendo mais de 95% do pequeno criador.

M-Amigo para os padrões da nossa sociedade, onde ninguém é rico um salário de cinco mil reais há um ano atrás, era um bom salário. O que realmente fez você abrir mão deste dinheiro,além do prazer de poder ajudar,mais o povo?

P- Não é apenas um fator,Madalena, são vários. Começo pela falta de reconhecimento ao meu trabalho, não estou falando de dinheiro, mas de gratidão:O tratamento obtido pelo gestor,não era dos melhores. O momento crucial da minha insatisfação foi quando fui proibido de atender famílias carentes,com um simples caminhão d´água. Até para isso precisava da autorização do prefeito.Resumindo eu não tinha nenhuma autonomia. Refletir então, para que eu fui convidado a ser Secretário de Agricultura?
Imbuído do desejo de ajudar uma senhora que pediu chorando um carro pipa com água e sendo impedido de servi-la , acabei chorando junto e percebi que tinha vivido uma ilusão de um mar de rosas, onde acabei afogado num copo d´água. Outro fato que me deixava triste, era observar dois tratores de Orobó que poderiam estar a disposição da Secretaria de Agricultura,para arar a terra dos agricultores serem usados para outra finalidade,onde ainda hoje, se encontram servindo a coleta de lixo e no transporte de carne do matadouro para os Mercados Públicos de Orobó e Matinadas.

M- Nossa, Paulo realmente são questões muito fortes! você me emocionou e me deixou perplexa com esse relado. Mas além de tudo isso,  que você poderia com diálogo tentar amenizar, ainda há algo que você não falou, que lhe fez dispensar seu salário e sair fora desta gestão?

P-Tenho sim minha amiga. Infelizmente ,ainda não posso lhe contar. Mas lhe garanto, que no tempo certo, lhe darei essa informação em primeira mão, por saber da sua postura ética e da credibilidade do seu blog.

M-Eu lhe agradeço pela consideração e reafirmo que aqui o espaço é inteiramente democrático e o entrevistado fala apenas o que achar conveniente.Todavia ainda lhe pergunto; Você em algum momento sentiu falta do salário ou se arrependeu de ter feito aquela bela carta de demissão?

p- Madalena, digo-lhe com segurança. Em nenhum  momento, eu me arrependi! Não sou rico, nem milionário, já trabalhei muito nesta vida, e Deus me deu mais do que merecia. O que tenho é o bastante para educar meus 4 filhos, dando-lhe toda assistência, além disso eu tenho uma esposa que é companheira e amiga. Está sempre ao meu lado cuidando da sobrevivência.( dinheiro todo mundo quer, mas a falta desse ai, nunca me impediu de honrar meus compromissos de chefe de família). Eu ainda gostaria de complementar que, nenhum dinheiro paga o sossego e a felicidade!* Eu prefiro comer uma sardinha junto as pessoas do bem, do que comer picanha, em ambientes luxuosos com quem não me faz sentir leve e feliz.*

M- Paulo, nós sabemos que prefeito não é Deus. Logo não podemos culpa-lo pela seca. Mas estamos vivendo uma situação preocupante de falta de chuvas aqui no nosso município,por três anos consecutivos choveu  muito pouco. Você acha que com tantas Máquinas, inclusive do PAC, foi feito tudo que poderia ser feito nos reservatórios como barreiros e inclusive na Barragem do escuro?

P-Digo que faltou interesse. Para essa Obra, não tem recursos,deveria ser feito com a prefeitura em parceria com o estado. Outro fator é que, o que fica debaixo do chão não dá visibilidade. Eu tive o prazer de provocar essa discussão enquanto me encontrava secretário,visitei o local por várias vezes, e fizemos uma reunião para tratar da revitalização e ampliação da Barragem do Escuro em Água Branca. É certo que ainda assim não resolveria, mas ajudaria muito. Além das máquinas para limpar os pequenos reservatórios de água que contribui muito para os agricultores. Acho que falta vontade política dos dois governos. Estadual e Municipal.

M- O assunto que trataremos agora é chato,porém indispensável, uma vez que meu lema é a verdade.Vi umas fotos na internet e li uma matéria em um blog da cidade, também ouvi na reunião da Câmara o Vereador Eduardo do cimento e  também Biu Abreu,  mostrarem um desperdício de cimento ,material das cisternas calçadão. Insinuavam os vereadores falta de responsabilidade da comissão deste projeto. O que você tem a declarar sobre esse fato?

P- Esses dois senhores estão desinformados e equivocados, com relação a execução do Programa Pernambuco mais Produtivo. Não é responsabilidade minha o atraso na obra. Deste setembro de 2014,através do (CMDF), cobrando a ( SEAF) as devidas providências,junto a Unidade Executora, que ganhou a licitação que foi a Diocese de Caruaru. Inclusive visitamos por duas vezes ,fomos muito bem atendidos e também já recebemos a visita da coordenadora do Programa A Senhora Edjane Lima que nos confirmou, que o município não terá nenhum prejuízo. Os cimentos serão substituídos e os beneficiários terão a conclusão da obra efetivada. E além de concluir as obras ainda ganhamos mais 15 ,Graças a Deus, totalizando 225 famílias contempladas.

M-Realmente em tempo que água está valendo ouro, essa é uma boa notícia! Tem mais novidades boas neste sentido?
P- Na reunião do CONSEILHÃO de hoje, 17/04/2015, recebemos a feliz notícia de mais  uma grande conquista para Orobó. Mais 75 cisternas calçadão serão construídas. Desta vez pelo Centro Sabiá.

M- Muito bem. Você como cidadão oroboense,  tem mais algo a dizer ou algum incômodo que está lhe deixando impaciente?

P- Ah, se fosse falar passaríamos muito tempo aqui. Mas serei breve. Acho que aqueles que fazem parte da Comissão de Obras do Município, precisam se justificar também, pelo atraso das obras inacabadas no município que são muitas. Porque eles não fiscalizam essas obras?

M- Paulo com todo esse perfil comunicativo e um enorme coração, que deu para perceber na entrevista, você tem pretensões políticas para o próximo pleito, caso seja convidado por um grupo decente?

P- Analisarei com muito carinho. Mas para isso, preciso consultar familiares, amigos e o povão. Se for da vontade do povo.porque não? Não dizem que a voz do povo é a de Deus. Então vamos deixar Deus cuidar disso!

Agora como todos os entrevistados você deve responder uma rapidinha com uma palavra ou uma frase.

M-Quem é Deus para você?
P- Meu tudo. Resumido nas palavras, fé ,paz, amor e esperança.
M- Em orobó, a saúde- P= Precisando se medicar.
M - Ela está doente? P= Na UTI
M-Propaganda- P= A maioria enganosa.
M-Educação-P= Inoperância nos transportes escolares.
M- Fé- Muita ,Deus no comando!
M- Respeito aos direitos do funcionalismo- P= Não há. Muitas leis estão empilhadas.
M-Amizade- P- importantíssima a sobrevivência.
M Uma palavra- P-Esperança
M- Um desejo- P-Igualdade e justiça social
M-Expectativas futuras-um orobó com muito gaz para acelerar o crescimento.

Muito bem Paulo .Estamos juntos e de mãos dadas, para a construção desse Orobó que sonhamos.
Muito obrigada por acreditar na seriedade do meu trabalho. Me sinto lisonjeada e agradecida.
 Deus lhe abençoe  muito!

Entrevistado: Paulo César Barbosa de Brito.

Entrevistadora- Professora Madalena França.