O procurador-geral da República,Rodrigo Janot, divulgou nota nesta segunda-feira (21) dizendo que o Ministério Público Federal “investiga fatos, jamais instituições”.
Foi uma resposta ao presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que o acusou de persegui-lo a mando do Palácio do Planalto.
Segundo Janot, o Ministério Público Federal “sempre buscou o diálogo permanente com os poderes constituídos” no intuito de “fortalecer a República, o que passa necessariamente pelo funcionamento de um Senado Federal altivo e de pé”.
Foi uma resposta ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), que também tem insinuado que Janot o investiga a pedido de auxiliares da presidente Dilma Rousseff.
O clima esquentou nesta segunda porque um subprocurador próximo a Janot disse ao jornal “O Estado de São Paulo” nesta segunda que o procurador geral da República “colocou o Senado de joelhos” por ter pedido diligências nas casas dos senadores Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Collor (PTB-AL), todos acusados de envolvimento no desvio de recursos da Petrobras.
“Como é de conhecimento público, a Constituição Federal atribui ao Procurador-Geral da República, sob supervisão do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, a condução de investigações de forma sóbria e responsável em relação às altas autoridades da República, sejam elas do próprio Ministério Público ou dos Poderes Legislativo, Judiciário ou Executivo”, diz a nota de Rodrigo Janot.
Inaldo Sampaio
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