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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Aumento da violência marca os sete meses do governo Paulo Câmara




Com 40 mortes a mais em julho, Estado chega aos 2.178 homicídios este ano. São 166 a mais nestes sete primeiros meses, comparado ao mesmo período de 2014

Recife - O número de assassinatos em Pernambuco voltou a crescer em julho em relação ao mesmo período do ano passado. Dados obtidos junto ao Portal da Secretaria de Defesa Social (SDS/Infopol) mostram que no último mês o Estado registrou 297 homicídios. Em julho de 2014, este índice foi de 257 assassinatos, ou seja, ocorreram 40 mortes a mais, representando um aumento de 15,5%. Nos sete primeiros meses de 2015, já são 166 mortes acima do registrado em 2014.

De acordo com o líder da bancada, deputado Silvio Costa Filho (PTB), a ampliação no número de homicídios reforça que há uma tendência de aumento da violência no Estado verificada também em estatísticas como o índice de assaltos a agências bancárias e caixas eletrônicos (crescimento de 80%, de acordo com o Sinpol) e a ônibus (41,7% casos a mais no primeiro semestre, segundo informa a SDS).

“Houve uma frustração de expectativas. Quando aguardávamos que o número de homicídios pudesse voltar a cair, a exemplo do ocorreu no último mês de junho, tivemos mais esta notícia negativa, com um aumento significativo de assassinatos em Pernambuco em julho. Isto mostra que o Pacto pela Vida passa por uma crise”, lamenta Costa Filho.

Segundo Silvio, a gestão estadual não colocou ainda em prática um plano de recuperação do Pacto pela Vida, por deixar de chamar a sociedade para o debate e não valorizar a contribuição dos profissionais de segurança pública. “A atual gestão deixa de aplicar os princípios que nortearam a criação do Pacto. Hoje, a sociedade é excluída do debate, e os policiais civis e militares demonstram cada vez mais insatisfação e indignação com a condução da segurança pública estadual”, afirma.

Costa Filho lembra que policiais civis e militares têm reivindicado uma política de valorização profissional e denunciam o número reduzido de efetivo, a sobrecarga de trabalho e a falta de equipamentos adequados para enfrentar a criminalidade.


Para o parlamentar, o Estado precisa apresentar um plano de como pretende reduzir a tendência de aumento da violência. “Para isto, sugerimos que o Estado lidere uma discussão com todas as entidades e profissionais interessados em retomar o Pacto pela Vida. A Bancada de Oposição se se coloca à disposição para este debate”, finaliza.

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