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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Pastor afirma ter estuprado criança de 10 anos "em nome da glória de Deus"


Crime ocorreu na cidade de Campo Grande (MS); acusado, que é tio-avô do menino, estava em liberdade condicional desde agosto do ano passado e foi autuado em flagrante pela polícia

O Dia
Acusado de estuprar um menino de 10 anos em troca de um par de chinelos e de um videogame, um pastor de 52 anos confessou à polícia ter cometido o abuso sexual "em nome da glória de Deus", nesta terça-feira (18). O crime ocorreu em Campo Grande (MS), na segunda (17).
O pastor, que é tio-avô do menino, foi autuado em flagrante após exame de corpo de delito na criança, que detectou ferimentos e sinais de sangramento em seu ânus. De acordo com o delegado Reginaldo Salomão, o acusado não se mostrou arrependido pelo crime. 
O delegado que ouviu o suspeito, que confessou o crime, nesta terça:
TV Morena/Reprodução
O delegado que ouviu o suspeito, que confessou o crime, nesta terça: "Ele planejou tudo"
O pastor, cujo nome não foi divulgado, estava em liberdade condicional desde agosto do ano passado, quando foi solto após cumprir pena pelo estupro de outro menor de idade. Ele cumpriu a pena anterior em regime fechado e, se condenado mais uma vez, pode pegar de 8 a 15 anos de prisão.
Na segunda-feira (17), o menino havia sido deixado pelos pais na casa da avó, já que eles não poderiam ficar com a criança durante o dia por terem de trabalhar. Um primo, que flagrou o irmão da avó no momento em que ele praticava o abuso sexual, fez a denúncia à polícia. Os agentes foram até a casa da família e autuaram o pastor em flagrante.
O delegado conta que a avó do menino foi autorizada a acompanhar as investigações e o depoimento de seu irmão, mas, apesar de o pastor ter admitido o crime, ela não acreditou em suas palavras.
"Ele [o pastor] chegou a ajoelhar na frente dela, disse para a família orar por ele. Na verdade, é um dissimulado. Ele sabia bem o que estava fazendo. Planejou tudo", afirma o delegado. "Quando está apenas com os policiais, ele conversa normalmente. Mas, na frente da família, utiliza esse subterfúgio de dissimulação e afirma que está sendo incompreendido."
Apesar de ter admitido o estupro, o pastor preferiu não dar detalhes sobre o caso.
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