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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Exercícios físicos ajudam a manter a mente jovem











Para a maioria de nós, nossos corpos começam a perder flexibilidade e eficiência a partir dos 40 anos. A corrida e outros movimentos ficam mais lentos e se tornam mais desajeitados e o mesmo parece acontecer em nossas cabeças. À medida que a meia idade chega, nossa maneira de pensar se torna menos eficiente. Não alternamos entre as tarefas mentais tão agilmente como fazíamos nem processamos informações novas com a mesma desenvoltura e clareza.
Recentemente, neurocientistas começaram a quantificar como essas mudanças cognitivas acontecem em nossos cérebros, com efeitos perturbadores. Em estudos comparando a ativação cerebral em pessoas jovens com a de quem já passou dos 40 anos, pesquisadores descobriram diferenças notáveis, especialmente entre tarefas mentais que requerem atenção, resolução de problemas, tomada de decisões e outros tipos de raciocínios de alto nível.


MAIS RECURSOS CEREBRAIS
Mas, em pessoas mais velhas, estudos mostram que a atividade do cérebro durante essas mesmas tarefas mentais requer muito mais poder do órgão. Elas tipicamente mostram atividade nos dois hemisférios de seu córtex pré-frontal.
Na verdade, elas precisam de mais recursos do cérebro para completar as mesmas tarefas que pessoas jovens fazem com menos esforço cognitivo.
Os neurocientistas inventaram um acrônimo para esse fenômeno: HAROLD (sigla em inglês para Hemispheric Asymmetry Reduction in OLDer adults, ou redução da assimetria dos hemisférios em idosos). A maioria acredita que isso representa uma reorganização geral e o enfraquecimento das funções do cérebro que ocorrem com a idade.
Mas os cientistas não sabem se esse fenômeno é inevitável no envelhecimento e se poderia ser retardado ou mesmo prevenido com mudanças no estilo de vida.
Essa possibilidade atraiu a atenção de Hideaki Soya, professor de Exercícios e Neuroendocrinologia na Universidade de Tsukuba no Japão, que estuda os efeitos dos exercícios no cérebro.
Para o novo estudo, que será publicado no mês que vem na Neuroimage, Soya e seus colegas recrutaram 60 homens japoneses com idade entre 64 e 75 anos que não apresentavam nenhum sinal de demência ou outro declínio cognitivo sério.

Eles testaram a capacidade aeróbica de cada um deles no laboratório.
Em um outro dia, colocaram na testa e na cabeça de cada voluntário uma série de pequenos eletrodos. Os eletrodos usavam luz infravermelha para destacar o fluxo sanguíneo e a absorção de oxigênio em várias partes do cérebro.
Com os eletrodos no lugar, os voluntários completaram testes computadorizados complexos durante os quais nomes de cores apareciam impressos com uma cor diferente. A palavra azul aparecia em letras amarelas, por exemplo, e os voluntários deviam apertar teclas correspondentes ao nome, mas não à cor, da palavra.
Esse teste, que comprova o “Efeito Stroop”, faz demandas consideráveis na atenção e na tomada de decisão da pessoa e, em jovens, foi demonstrado que acende drasticamente o hemisfério esquerdo do córtex pré-frontal.
Mas quando os cientistas examinaram a atividade cerebral desses idosos, descobriram que, na maioria, o teste exigiu atividade do hemisfério direito. Eles precisavam de mais contribuição de seus cérebros para completar a tarefa, demonstrando o padrão de atividade de redução na assimetria dos hemisférios.
No entanto, os voluntários mais condicionados aerobicamente não seguiram esse padrão. Eles mostraram pouca ou nenhuma ativação no hemisfério direito; precisaram apenas do hemisfério esquerdo para cumprir a tarefa.
Em termos de atenção em tomada rápida de decisão, seus cérebros trabalharam como aqueles das pessoas mais jovens. Eles também foram mais rápidos e mais precisos na hora de apertar as teclas, indicando que participaram e responderam melhor do que os voluntários menos condicionados fisicamente

Fonte: G1

 

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