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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Não é milagre: conta de luz vai ficar mais barata


27/01/2016 12:03
Bandeira vermelha no país cairá de R$ 4,50 para R$ 3; consumidor deve pagar 3% a menos na fatura
Por: Diário de S. Paulo
portalweb@diariosp.com.br
O custo da bandeira tarifária vai cair em fevereiro nas contas de luz de R$ 4,50 para R$ 3 a cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos. Para o consumidor final, a fatura deverá ficar 3% mais barata.
A diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) definiu, na terça-feira (26), as novas regras para cobrança das bandeiras nas contas. Segundo André Pepitone, diretor que relatou o tema, a grande novidade da discussão foi a criação de um novo patamar da bandeira vermelha, que será dividida em 1 e 2, além da redução dos custos.
Em todo o ano passado foi cobrada a taxa extra nas contas de luz no país e continuou neste mês de janeiro, com valor fixado em R$ 4,50 para cada 100 kWh consumidos.
Pela proposta aprovada na terça-feira (26), a bandeira vermelha passará a ter o valor de R$ 3 para o patamar 1 e de R$ 4,50 para o 2. A amarela cai de R$ 2,50 para R$ 1,50 para cada 100 kWh consumidos.
“O cenário hoje é de (necessidade do uso de) térmicas de até R$ 600 de custo por MWh, então estamos no primeiro patamar da bandeira vermelha. O consumidor, portanto, deixa de pagar R$ 4,50 e passa a pagar R$ 3 a cada 100 kWh consumidos”, disse Pepitone.
A mudança dos custos envolve uma série de fatores econômicos e setoriais, entre os quais a melhora da situação dos reservatórios do país, a revisão da projeção de crescimento do mercado de 2,4% para 1% e o resultado de leilões de energia no fim do ano passado.
Pepitone reconheceu que o impacto da redução na conta de luz pode ser pequeno. Em uma simulação de tarifa de R$ 50 para cada 100 kWh consumidos, até janeiro pagava-se um adicional de R$ 4,50. Agora, esse custo cairá a R$ 3. Essa queda seria, portanto, de uma conta de R$ 54,50 para R$ 53.
As bandeiras permaneceram no patamar vermelho durante todo o ano de 2015, indicando custos maiores de geração de energia. A partir de agosto, porém, o valor arrecadado passou a gerar um excedente financeiro para as distribuidoras, chegando a R$ 1 bilhão em novembro do ano passado.
Até novembro, último valor apurado, esse saldo já era de R$ 1 bilhão, um valor cobrado nas tarifas além do necessário para gerar térmicas e pagar outros custos da falta de água nos reservatórios das hidrelétricas. Para evitar essa distorção, a Aneel propôs a revisão aprovada  na terça-feira (26).

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