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sábado, 30 de janeiro de 2016

Revista: Neymar e o pai podem ser presos


Do GloboEsporte.com - Rio de Janeiro
Denúncia do Ministério Público Federal é publicada pela Veja; procurador diz que jogador e seu pai teriam criado empresas de fachada e adulterado documentos
A revista Veja divulga em sua edição deste sábado detalhes sobre a denuncia feita pelo Ministério Público Federal contra Neymar, do Barcelona, por sonegação de impostos, além de falsidade ideológica. Segundo a publicação, o jogador e seu pai estão envolvidos no processo, além do ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell e o atual, Josep Maria Bartolomeu. A pena para esses dois crimes pode chegar a cinco anos de prisão.
A reportagem teve acesso à denúncia sigilosa feita pelo procurador Thiago Lacerda Nobre na última quarta-feira. Segundo a acusação, Neymar pai e Neymar filho criaram empresas de fachada e adulteraram documentos para pagar menos impostos. A ideia seria fugir dos altos impostos cobrados a pessoas físicas (27,5%) criando empresas de fachada para receber a maior parte dos salários pagos pelo Santos e dos contratos de publicidade. A manobra teria significado feito com que o jogador abatesse mais de 50% dos impostos a pagar.
Ao longo de seis anos, foram abertas três empresas por Neymar e seu pai: a Neymar Sport e Marketing, a N&N Consultoria Esportiva e a N&N Administração de Bens. Segundo a denúncia da Procuradoria, nenhuma delas teria capacidade econômico-financeira, gerencial ou operacional" para administrar a carreira de Neymar - os sócios eram o pai e a mãe de Neymar e havia apenas dois funcionários, que trabalhavam como seguranças. A acusação afirma também que de 2010 a 2013, Neymar recebeu 43,78 milhões de reais do Santos, mas só 8,1 milhões em forma de salário, como pessoa física. O restante foi por meio dos "contratos de imagem" firmados com suas empresas. Apenas em 2011, as companhias dos Neymar também selaram ao menos onze contratos com patrocinadores, que somaram quase 75 milhões de reais.

Pai de Neymar também é alvo do processo movido pelo MPF (Foto: Reprodução / Instagram)

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