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sexta-feira, 4 de março de 2016

"Me senti como prisioneiro", afirma Lula

04/03/2016 14:54 - Atualizada em: 15:17


Ex-presidente concedeu uma entrevista coletiva após prestar depoimento na Polícia Federal
Por: Diário SP Online/Agência Brasil
portalweb@diariosp.com.br
Após prestar depoimento na Polícia Federal, em investigação na 24ª fase da Operação Lava Jato, nesta sexta-feira (4), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista coletiva na sede nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), no Centro de São Paulo.


"A minha bronca é com o MP Estadual [Ministério Público Estadual]. Não precisaria levar uma coerção à minha casa, dos meus filhos. Não precisava, era só ter me comunicado. Antes dele, já fazíamos a coisa correta nesse país. A gente já lutava para fazer a coisa certa nesse país. Lamentavelmente preferiam usar a prepotência, a arrogância, o show de pirotecnia. É lamentável que uma parte do Judiciário esteja trabalhando com a imprensa", disse.
Lula, que ressaltou que "se sentiu um prisioneiro", foi levado de sua casa, em São Bernardo do Campo, na região do ABC, sob um mandado de condução coercitiva, para o aeroporto. De acordo com o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), foram abordados diversos assuntos durante o depoimento, como as palestras que o ex-presidente concedeu após deixar o Palácio do Planalto e a ligação com um sítio em Atibaia, no interior paulista.
Lula falou sobre depoimento nesta sexta / Paulo Pinto/Fotos Públicas
Além da condução coercitiva, foram expedidos mandados de busca em diversos endereços do ex-presidente, como parte da 24ª fase da Operação Lava Jato. Segundo o procurador da República, Carlos Fernando Lima, da Operação Lava Jato, há indícios de que Lula recebeu pagamentos, seja em dinheiro, presentes ou benfeitorias em imóveis das maiores empreiteiras investigadas na operação policial. De acordo com o procurador, foram cerca de R$ 20 milhões em doações para o Instituto Lula e cerca de R$ 10 milhões em palestras de empresas que também financiaram benfeitorias do sítio em Atibaia e de um apartamento tríplex no Guarujá.
Defesa
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou, nesta sexta (4), no Supremo Tribunal Federal (STF), pedido para suspender as investigações da 24ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta manhã. De acordo com os advogados de Lula, as diligências devem ser suspensas até que o STF decida sobre o conflito de competência sobre as investigações.
Na petição enviada ao Supremo, os advogados reiteram recurso enviado à Corte na semana passada, no qual afirmam que as investigações não podem prosseguir porque o Ministério Público de São Paulo (MPSP) e o Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, no âmbito da Lava Jato, investigam os mesmos fatos.
O ex-presidente é investigado sobre supostas irregularidades na compra da cota de um apartamento tríplex, no Guarujá, e em benfeitorias feitas em um sítio frequentado por Lula em Atibaia (SP).
Vídeo:
Lula chega ao estacionamento após depor:

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