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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Minas contabiliza 152 casos suspeitos de febre amarela e investiga 47 mortes…


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Um novo boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) com dados sobre a contaminação de febre amarela no estado foi divulgado ontem (16). Já são 152 casos suspeitos da doença. Deste total, 37 já são considerados prováveis, uma vez que exames preliminares tiveram resultado positivo, mas a confirmação definitiva ainda depende da análise de outros fatores.
Entre os casos suspeitos, 47 vieram a morrer, sendo que em 22 deles a febre amarela já é apontada como a causa provável. Os demais estão sob análise. As mortes ocorreram nas cidades de Ladainha, Piedade de Caratinga, Ipanema, Malacacheta, Imbé de Minas, Ubaporanga, São Sebastião do Maranhão, Itambacuri, Poté e Setubinha.
Segundo a Secretaria, dos 37 casos considerados prováveis no estado, 35 são do sexo masculino. O município mais preocupante é Ladainha (MG), no Vale do Mucuri. Com cerca de 20 mil habitantes, a cidade totaliza 36 casos suspeitos, dos quais 16 morreram. A febre amarela é considerada a causa provável de oito dessas mortes e segue sendo investigada nas demais.

Continua…

Na semana passada, o governador Fernando Pimentel anunciou um investimento de R$26 milhões para o combate à febre amarela. Ele também decretou situação de emergência em saúde pública na área de abrangência das unidades regionais de Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Manhumirim e Teófilo Otoni. Essa região, que inclui 152 municípios, é a mais afetada pelas ocorrências da doença no estado.
A situação de emergência autoriza a adoção de medidas administrativas para conter a doença e agiliza processos para a aquisição de insumos e materiais e a contratação de serviços necessários, dispensando licitação em alguns casos. Também fica permitida a contratação de funcionários temporários para ações exclusivas de combate à enfermidade.
Vacinação
A principal medida para combate à doença é a vacinação da população. O imunizante é ofertado gratuitamente nos postos de saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A aplicação ocorre em dose única, devendo ser reforçada após 10 anos.
No caso de crianças, é administrada uma dose aos nove meses e um reforço aos 4 anos. Mas, como se trata de uma situação atípica, nas regiões afetadas, bebês com seis meses estão recebendo duas doses com intervalo de 30 dias.
A Secretaria alerta que pessoas que nunca foram imunizadas contra a febre amarela e moradores das áreas suspeitas devem se vacinar com urgência. Quem for viajar a estes locais deve ir ao posto de saúde com 10 dias de antecedência.
A febre amarela é causada por um vírus da família Flaviviridae e ocorre em alguns países da América do Sul, da América Central e da África. No meio rural e silvestre, é transmitida pelo mosquito Haemagogus. Já em área urbana, o vetor é o Aedes aegypti, o mesmo da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya.
Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão da febre amarela no Brasil não ocorre em áreas urbanas desde 1942. Até o momento, todos os casos suspeitos em Minas Gerais são considerados de transmissão silvestre.

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