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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Decreto de Temer mantém Forças Armadas no Rio só até o dia 22, antes do Carnaval




Reforço de 9 mil soldados na segurança no estado durante impasse com a PM fica aquém de pedido do governador Pezão, que queria ajuda até 5 de março

Soldados atuaram na segurança em Vitória, no Espírito Santo, durante motim de policiais militares
Tânia Rêgo/Agência Brasil - 13.2.17
Soldados atuaram na segurança em Vitória, no Espírito Santo, durante motim de policiais militares

Tânia Rêgo/Agência Brasil - 13.2.17
Soldados atuaram na segurança em Vitória, no Espírito Santo, durante motim de policiais militares

Foi publicado na edição desta terça-feira (14) do Diário Oficial da União o decreto que autoriza o envio de tropas das Forças Armadas para atuar na segurança pública na região metropolitana do Rio de Janeiro . O reforço no entanto, deve perdurar apenas até o dia 22 – portanto antes do Carnaval –, conforme o texto assinado pelo presidente Michel Temer. 
Serão enviados ao estado 9 mil soldados das Forças Armadas  e a operação já começa hoje. Militares da 1ª Divisão do Exército vão patrulhar a Via Transolímpica e pontos da Avenida Brasil próximos a Deodoro, além da orla de Niterói e praças de São Gonçalo. Fuzileiros navais vão atuar em bairros da zona sul e centro do Rio, do Leblon ao Caju.
Segundo os militares presentes na divulgação da operação, não foi solicitado o patrulhamento de favelas.
"São períodos difíceis. Tanto que hoje [ontem] eu pedi ao presidente Michel Temer reforço das Forças Armadas para ajudar nesses próximos dias até depois do Carnaval. É um período em que a cidade está muito cheia", afirmou o governador do Rio após o encontro.O envio de reforço para a segurança no Rio atende apenas parcialmente ao pedido feito pelo governador fluminense, Luiz Fernando Pezão, durante encontro com Temer na manhã desta segunda-feira (13). Pezão desejava a permanência das tropas federais no estado até depois do Carnaval, celebrado oficialmente no próximo dia 28. 
A exemplo do que ocorreu durante as últimas semanas no Espírito Santo , o Rio de Janeiro enfrenta a mobilização de mulheres de policiais militares, que realizam seguidas manifestações em alguns batalhões e companhias da PM para bloquear a entrada e saída de viaturas. Elas reivindicam melhores condições de trabalho para os agentes.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, detalhou que a atuação federal terá como objetivo liberar o efetivo da Polícia Militar do Rio de Janeiro.
"Diferente do que vem se passando no Espírito Santo, [no Rio] não há descontrole, não há desordem", destacou Jungmann.

Salários

Os salários integrais de janeiro devem ser depositados pelo governo do Rio nesta segunda-feira aos servidores da educação, segurança e administração penitenciária, além dos bombeiros. No caso dos servidores da educação, será depositado o valor apenas para os ativos. Para os demais setores, serão beneficiados também os aposentados e pensionistas.
O valor líquido a ser depositado é de R$ 920 milhões. Neste mês, os salários serão pagos com o reajuste estabelecido em 2014: agentes da Polícia Civil (10,22%), bombeiros e policiais militares (7,65%), agentes penitenciários (3,24%) e delegados da Polícia Civil (3,3%).
*Com informações da Agência Brasil e do O Dia

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