Nosso Orobó tá doente
Falta amor e ternura
Falta reconhecimento
Falta Deus nas criaturas
Tá faltando gratidão
Tá sobrando escuridão
Neste povo escravizado
Que quanto mais sofre mas quer
Ser oprimido e humilhado.
Se vende por qualquer tostão
Sem no perigo pensar
O que é dá asa a cobra
Pra ela poder voar
Morre com o próprio veneno
Tira de si o direito
De ser ouvido e tratado
Com justiça e com respeito
Abraça quem trata mal
Exclui quem trata direito.
A ignorância Cega
Adoece a cidadania
A ganância e a estupidez
Mata a Democracia
Querendo sempre ter mais
Age sem analisar
Vai destruindo a si mesmo
Ver-se perdendo direitos
E ainda fica parado
Dizendo não ter mais jeito.
Aceita qualquer trapassa
Tem medo da liberdade
Emudece sem ser mudo
Não escuta sem ser surdo
E pensa ser cidadão
Não cobra e morre de medo
De emitir opinião
Pra não ser discriminado
Sofre e chora calado
Sem discordar do patrão.
Nas asas da liberdade
Eu construo minha História
Essa doença eu não pego
Já estou imunizada
Contra a corrupção
Há muito fui vacinada
O vírus da covardia
Com a verdade eu matei
E dessa gente doente
Sabiamente me afastei.
Meu lema é dignidade
Meu bem maior a amizade
Se ela for verdadeira
Se não for não me interessa
No vento vira poeira
Não amo quem não me ama
Nem me rebaixo a poder
Nunca me cobre uma conta
Se a você eu não dever.
A doença de Orobó
Já virou epidemia
Egoismo, insensatez
Vingança, demagogia
Ganância, corrupção
Falsidade e violência
Foi exterminando o amor
Dividindo nosso povo
O câncer da Ditadura
Tá matando o Orobó "NOVO"!
Por Madalena França.
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