Na reunião da Câmara pude ouvir muita coisa boa ,mas também perceber claramente a marca do egoísmo de alguns...

 Não reconheço mais o clima de Paz e Solidariedade de muitos Oroboenses.

Desde o episódio do ano passado em que professores foram ofendidos nesta casa, que eu criei um espécie de aversão, e deixei de ouvir até o programa de rádio. Com essa triste situação do Hospital Severino Távora, me deu vontade de saber o que pensam nossos representantes, e ontem,liguei o rádio. E entre outras coisas, de votos de pesares, indicações dos vereadores, Lúcio Donato e de Paulo Brito, junto a seus pares da oposição, todas muito cabidas e necessárias, surgiu uma polêmica onde um projeto que visava regularizar em termo de lei de um serviço já existe no município ,que é o transporte público para estudantes universitários e cursistas,foi rejeitado com parecer desfavorável. Segundo a explicação do amigo Thomás, foi por determinação do jurídico , que o poder Legislativo não pode elaborar leis, visto que, seria uma intervenção no poder Executivo. Caiu por terra, tudo que eu aprendi. Desde os tempos de Moral e Cívica, que eu aprendi que o papel do Legislativo, além de fiscalizar o que está sendo feito com o dinheiro do povo, é principalmente, elaborar projetos de lei que beneficie o seu povo deste que haja orçamento para isso. Se o Poder Executivo quiser ele pode sim, sancionar a lei para que ela entre em vigor ou vetá-la ,se ele achar inconveniente. Como o serviço de transporte já existe, então ,já está dentro do orçamento e não configura-se aumento de despesas. Apenas garantia do seu prosseguimento. Não sou jurista, mas na minha opinião o projeto só não passou, porque os proponentes foram Paulo Brito e João Cipriano com o apoio dos demais da oposição. Um caso claro de egoismo que não leva ninguém ao céu. Por isso , nosso guerreiro Lúcio Ramos , pediu Vistas.
Outro assunto que me deixa indignada, é alguém em sã consciência querer fazer todo mundo de " Burro", ao explicar que o prefeito não tem culpa nenhuma dos trabalhadores do hospital estarem a três meses, sem receber. Que Ele não teve culpa de não legalizar o convênio com o SUS.Hora, se o convênio expirou, porque o dinheiro entrou na conta da Secretaria de Saúde? Se ele recebeu o dinheiro desde Janeiro, porque quem trabalhou não recebeu? O vereador Júnior chegou a dizer que ele não pode pagar sem a assinatura do convênio. Justamente. Não pode porque ele se negou a renovar o convênio. Agora o povo de Orobó quer saber, é se ele devolveu ao SUS esse dinheiro que não é dele, e sim do Hospital severino Távora e de quem nele trabalha. Nós, gostaríamos muito de saber essa resposta. Se o dinheiro veio para um hospital com mais de 30 anos de funcionamento, com mas de vinte mil testemunhas de que o hospital prestou o serviço, pois ninguém de Orobó nega isso, Seus funcionários não podem receber e ele pode empregar num local improvisado, para emergências sem estrutura para um verdadeiro hospital?
No final o Vereador David talvez num ato impensado, revelou que a intenção é a municipalização do hospital.
Ou seja, o prefeito não se conforma que nada em Orobó, não tenha o aval dele.  Voltamos ao tempo dos reis absolutistas. Ele me lembra bem , a frase de Luis XIV" O Rei sou EU". Com isso, ele queria dizer que nada fugiria aos seus domínios.
Enquanto isso há chorro, pranto, contas atrasadas, dividas pendentes, e o império do egoismo continua fazendo vítimas de uma disputa entre quem pode mais?
Juro que se eu realmente tivesse condição, já teria pago o salário de todos aqueles sofredores que nada tem a ver com a ambição desenfreada  desse homem que jurou querer o bem do povo. Eu temo adoecer e ir àquele local de pessoas que são cúmplices de tamanha covardia. Que Deus me dê saúde e a todos os oroboenses. Nas mãos desse prefeito quem não é seu cumplice, corre sérios riscos de perseguição, e sabe lá Deus mais o quê?
Por Madalena França