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segunda-feira, 24 de abril de 2017

POLÊMICA: Prefeitura implanta “ditadura” nos ônibus universitários de Surubim


Foto: Lulu/Surubim News
Do SURUBIM NEWS
charlesnasci@yahoo.com.br

À surdina e com quantitativo de alunos muito aquém do necessário, foi realizada uma reunião no dia 11 de abril, organizada pela Secretaria de Educação, pra estipular regras questionáveis. Estiverem presentes alguns universitários convenientemente ligados à gestão e outros poucos como o professor, John Mateus Barbosa. Que dias atrás fez pertinentes denúncias contra um estapafúrdio "código de conduta", promovido pela Prefeitura Municipal.

"Estão se preocupando em delimitar o comportamento dos universitários nas viagens com proibições e punições descabidas, ao invés de se doarem para questões muito mais importantes. Como, por exemplo, garantir o conforto e a segurança com as devidas manutenções dos veículos. E, principalmente, explicar publicamente o processo do repasse para os ônibus cadastrados, já que os valores às vezes ultrapassam os R$13.000,00, somando o que a prefeitura supostamente disponibiliza (ou seja, 50%), mais R$130,00 mensalmente de média, para cada passageiro." – conta John Mateus.

Diante de tal premissa, fica evidente que existe uma inversão de valores quanto ao que realmente deveria ser tratado como prioridade. Além disso, vetar bebidas (onde o uso é mísero e geralmente nas sextas), brincadeiras, esporádicas descontrações coletivas e paradas em locais de alimentação, remete a um grau de rigidez deveras absurdo. Transformando universitários em viajantes presos a uma espécie de "regimento militar", explicitamente ditatorial. Como nunca antes existiu em Surubim!

"Na reunião ficou claro o tom autoritário de tal medida, visando além de deslocar o foco, implantar ‘a cultura do medo’. No ônibus em que viajo a reprovação foi geral, sendo o documento rejeitado. Julgamos que temos total capacidade racional de, coletivamente e de maneira solidária, criarmos práticas pontuais de convivência. Porque nos percursos diários que fazemos às universidades, faculdades e escolas técnicas, não apenas assimilamos teorias, epistemologias, cálculos, técnicas e profissões, mas, nas parcerias diárias de idas e vindas, aprendemos também a nos humanizar!" – finaliza o professor da UFPE de Caruaru, John Mateus Barbosa.

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