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segunda-feira, 26 de junho de 2017

Datafolha: 83% consideram comprovado envolvimento de Temer em escândalo de corrupção



A participação do presidente Michel Temer nos escândalos de corrupção revelados na delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista foi considerada comprovada para 83% dos brasileiros, de acordo com uma pesquisa do Datafolha divulgada neste domingo (25).

Para apenas 6% dos entrevistados, Temer não teve participação direta. 11% não souberam responder.

Temer deve ser denunciado nesta semana sob acusação de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de Justiça.

Joesley gravou uma conversa entre ele e o presidente tarde da noite em março, no Palácio do Jaburu, em encontro fora da agenda oficial. O áudio foi entregue como prova da delação, e é uma das bases do pedido de inquérito sobre o presidente que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou ao Supremo Tribunal Federal.

O trecho mais grave da conversa se refere ao deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Janot afirma que, durante o encontro com Joesley, Temer deu aval para a compra do silêncio do ex-congressista. Temer nega.

A pesquisa Datafolha foi realizada de 21 a 23 de junho, com 2.771 entrevistados. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Aprovação de Michel Temer é a menor para presidente em 28 anos: 7%

Uma outra pesquisa do Datafolha divulgada neste sábado (24) apontou que apenas 7% dos entrevistados consideram o governo Temer ótimo ou bom. Esta é a menor marca registrada pelo Datafolha em 28 anos. Antes disso, apenas José Sarney (PMDB) teve percentual mais baixo: 5% em setembro de 1989, em meio à crise da hiperinflação. Às vésperas do impeachment, Dilma Rousseff tinha 13% de aprovação e 63% de reprovação.

O governo Temer é considerado ruim ou péssimo por 69% do eleitorado; e regular por 23%. A pesquisa foi feita entre quarta (21) e sexta-feira (23), com 2.771 entrevistados.

Há dois meses, a taxa de ruim e péssimo estava em 61% e a de ótimo ou bom, em 9%. Já 28% achavam o governo regular. A nota do presidente caiu de 3 para 2,7.

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