Tijolaço x veja.
Se alguém tem alguma dúvida de que a finalidade oculta da Lava Jato ia muito além de apanhar alguns ratos dentro de empresas estatais – e ratos, empresas públicas e privadas, assim como instituições sempre os tiveram – vai perdê-la ao ver a edição da Veja desta semana (aliás, estranhamente antecipada).
Ao fazer um balanço da operação, a revista solta foguetes em seu editorial:
“o melhor desdobramento da LavaJato, o mais alvissareiro no terreno do combate à corrupção, veio de onde ninguém esperava: o anúncio da privatização da Eletrobras, a maior empresa de energia elétrica da América Latina e sócia de mamutes hidrelétricos, que vão da velha usina de Itaipu à nova usina de Belo Monte. Sim, o anúncio de uma privatização está entre as medidas mais eficazes que se podem tomar para vencer a corrupção no Brasil. E o motivo é simples:o gigantismo do Estado brasileiro, com seus braços públicos por toda parte, serve como um convite onipresente à corrupção.
A revista comemora como “grande notícia” o pacotaço de vendas. Todas, claro, feitas na mais santa integridade numa processo que é comandado por ninguém menos que…Wellington Moreira Franco! Um homem de deixar o notório Ricardo Sérgio muito aquém do “limite da responsabilidade”.
Bancos e fundos estrangeiros, além dos chineses, se fartarão, com as devidas orações aos rapazes de Curitiba – que a revista saúda como autores intelectuais – e a Michel temer, o executor de uma lesão histórica ao país.
Graças à histeria da lava Jato, o Brasil não será mais roubado em centenas de milhões.
Será roubado em centenas de bilhões, trilhões, até.
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