Revelações permanecem em sigilo; procedimento é comum em delações polêmicas da Lava Jato
© Marcos Corrêa/PR
POLÍTICA SIGILO
Oprocurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou o depoimento de delação premiada de Lúcio Funaro ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do caso, Edson Fachin, sem pedir o fim do sigilo das declarações do doleiro. Alguns trechos devem ser usados em uma nova denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer.
+ Fachin nega pedido de suspeição de Janot para atuar contra TemerComo revelado pela coluna Painel da "Folha de S. Paulo", as revelações de Funaro devem permanecer em segredo mesmo após a homologação pelo STF. O procedimento é comum em delações polêmicas da operação Lava Jato.
Normalmente, para não atrapalhar as investigações, o STF só divulga as delações após solicitação do Ministério Público Federal (MPF). No caso de Funaro, Fachin tende a levar a decisão sobre o fim do segredo de Justiça ao plenário por envolver o presidente da República.
Procurada pela "Folha", a Secretaria de Comunicação da Presidência da República informou que o “presidente não recebeu recursos e nem tem contas no exterior”. “Os que quiserem procurar seus dados bancários devem consultar seu imposto de renda”, conclui.
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