Redação PragmatismoEditor(a)
Mídia internacional afirma que celebridade russa perdeu a vida após tortura.
Desaparecido, cantor teria sido preso na Chechênia por “suspeita de homossexualidade” e acabou em um campo de concentração. Conta do Instagram foi misteriosamente deletada. Outras vítimas denunciam 'prisão para gays'. Autoridades negam assassinato
Desaparecido, Zelimkhan Bakaev teria sido torturado até a morte
Os veículos de informação alegam que o músico foi preso e torturado até a morte pelas autoridades da Chechênia.
Apesar dele nunca ter assumido a homossexualidade publicamente, este deve ser o motivo para que tenha sido capturado, já que o governo daquele país tem adotado severas medidas contra membros da comunidade LGBT.
As autoridades negaram a existência de qualquer represália por parte dos cidadãos gays, mas o porta-voz do país causou polêmica ao afirmar em comunicado que “mesmo que existissem gays na Chechênia, a polícia não teria problema com isso, pois as próprias famílias deles se comprometeriam a enviá-los a um lugar de onde não seria possível retornar”, disse.
À família de Zelimkhan, as autoridades negaram tê-lo capturado, e ainda alegaram que o cantor havia saído da Chechênia, no último dia 10, em direção à Alemanha. Porém, fontes asseguram que ele foi capturado e torturado até a morte. A conta do Instagram de Bakaev foi misteriosamente excluída
Denúncia
“No final de agosto, recebemos a confirmação de nossa anterior presunção de que Bakaev foi detido pelas autoridades chechenas devido a suspeita de homossexualidade”, afirmou Igor Kocketkov, da rede russa LGBT.
Uma fonte próxima a ativistas da região declarou que Bakaev, de 26 anos, realmente foi torturado até a morte. “Ele chegou a Grozny e foi pego pela polícia dentro de três horas. Dentro de dez horas ele foi assassinado”.
Na última semana, o ativista russo Maxim Lapunov foi o primeiro homossexual que desafiou as ameaças de morte das forças de segurança da Chechênia para denunciar publicamente as torturas e a perseguição em massa dos gays nessa república do Cáucaso na Rússia.
Lapunov decidiu dar um passo adiante e declarar publicamente que foi vítima de perseguição e tortura, depois que a denúncia formal que apresentou há três semanas ao Comitê de Instrução obteve como resposta prática a inação das autoridades russas.
Oriundo da cidade siberiana de Omsk, Lapunov diz que está disposto a retornar a Grozni, a capital da Chechênia, para identificar os que o torturaram e localizar as prisões secretas onde os homossexuais supostamente foram mantidos durante os últimos meses.
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