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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Temer, candidato, faria da eleição um “não” ao golpe


cartastemer
É duvidoso que as forças que comandam o mundo do dinheiro permitam que se consume o delírio temerista de uma tentativa de reeleição do atual presidente.
Delírio que, não só o próprio admitiu existir como, diz hoje Tales Faria no Poder360, é partilhado pelo PMDB, com ou sem “P”.
Temer, de cara, tiraria o “doce” do tempo de televisão que um candidato viável da direita precisa para se firmar no eleitorado.
Depois, faria do pleito um plebiscito e um plebiscito onde os protagonistas seriam ele, com a carga de seus 90% de rejeição e Lula.
Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles, Jair Bolsonaro e qualquer outro que se tente “inventar” como alternativa vão encolher e facilitar uma vitória lulista já no primeiro turno, o que lhe daria força e legitimidade para agir com mais energia na reversão do quatro político.
Ninguém duvide que isso passe pela cabeça de Michel Temer.; A vaidade é sempre o combustível  dos maiores erros políticos.
Ou alguém acha que o tal picareta – nem lhe falo o nome, de o pus a correr nos tempos de Brizola – que foi “benzer” Temer atravessou a segurança pessoal sem autorização?
E, convenhamos, a elite brasileira  mediocrizou-se a tal ponto que é possível, mesmo, que Temer seja quem melhor a represente. Afinal, nem Fernando Henrique conseguiu, em tão pouco tempo, fazer-nos andar tão para trás em matéria de destruição de direitos do trabalhador e na entrega de nosso patrimônio, sobretudo o petróleo.
Pensando bem, seria uma imensa ironia histórica que o golpe praticado em nome de uma falsa moralidade terminasse com o mais evidente ladrão público e a camarilha mais corrupta que já andou pelo Palácio do Planalto terminasse com esta mixórdia massacrada nas urnas pelo povo brasileiro.

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