Jornal New York Times desta sexta-feira, 26, traz artigo do pesquisador Hernán Gómez Bruera com duras críticas à decisão do TRF-4 que confirmou a condenação do ex-presidente Lula; segundo ele, os juízes brasileiros deram carta branca a um “conjunto de perigosas práticas legais que criam um estado de exceção típico dos regimes autoritários”; “Parece que, no poder judicial brasileiro, vale tudo em um julgamento anticorrupção: de romper as regras de um processo criminal, inventar figuras legais inexistentes ou manipular mecanismos de detenção preventiva”, afirma
247 – Edição desta sexta-feira, 26, do jornal The New York Times traz artigo do pesquisador Hernán Gómez Bruera, especializado em América Latina, com duras críticas à decisão do TRF-4 que confirmou a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aumentou sua pena para 12 anos de prisão.
Segundo o pesquisador, os juízes brasileiros deram carta branca a um “conjunto de perigosas práticas legais que criam um estado de exceção típico dos regimes autoritários”. “Parece que, no poder judicial brasileiro, vale tudo em um julgamento anticorrupção: de romper as regras de um processo criminal, inventar figuras legais inexistentes ou manipular mecanismos de detenção preventiva”, afirma.
Hermán Bruera afirma que o objetivo do processo contra Lula não foi promover o surgimento de uma nova república de honestidade e transparência, mas “tirar o rival mais temido do caminho”. “A estratégia não só procura desabilitar eleitoralmente o ex-presidente, mas também prejudicar sua imagem e reputação”, afirmou.
“Independentemente do que finalmente aconteça, a verdade é que, presente ou não nas próximas eleições, a figura de Lula continuará a influenciar a política brasileira por muitos anos, mesmo que as elites de direita insistam em enterrá-la e o incalculável custo político. que isso poderia ter para a democracia brasileira”, acrescentou.
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