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terça-feira, 2 de janeiro de 2018

POLÍTICA: Morre o empresário e ex-ministro Armando Monteiro Filho


Genro do ex-governador Agamenon Magalhães, dividiu as atividades de empresário com a política
Foto: Paullo Allmeida/Folha de PE
Da FOLHA DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

Morreu na manhã desta terça-feira (2) o empresário e ex-ministro Armando Monteiro Filho. Ele faleceu em casa, aos 92 anos, por volta das 6h30. Genro do ex-governador Agamenon Magalhães, Armando Monteiro Filho dividiu as atividades de empresário com a política. Foi deputado estadual, deputado federal, ministro da Agricultura no governo João Goulart.

Casado com Do Carmo Monteiro, é pai de seis filhos: Maria Lectícia, Sérgio (falecido aos 15 anos), Horácio, Cláudio, além do senador Armando Monteiro Neto (PTB) e do presidente do Grupo EQM, Eduardo de Queiroz Monteiro. O corpo do empresário e ex-ministro será cremado no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, às 11h da quarta-feira (3) e antes, às 10h, ocorre uma missa no mesmo local. As informações sobre o velório ainda não foram confirmadas.

HISTÓRIA

Engenheiro por formação, o ex-ministro ingressou na universidade em 1945, e participou ativamente da política universitária contra o Estado Novo. Cinco anos mais tarde, em 1950, elegeu-se deputado estadual pelo Partido Social Democrático (PSD) em Pernambuco. No entanto, foi impedido de assumir o mandato devido ao parentesco com o sogro (Agamenon Magalhães). No ano seguinte, obteve a primeira suplência nas eleições suplementares para a Assembleia Legislativa de Pernambuco.

No ano de 1951, foi nomeado secretário estadual de Viação e Obras Públicas. Ficou no cargo até 1954, quando assumiu vaga aberta na Assembleia. Em outubro do mesmo ano, candidato pelo PSD, foi o deputado federal mais votado. Em 1955 assumiu o mandato e reelegeu-se deputado federal em 1958.

Com a renúncia do presidente Jânio Quadros, Armando Monteiro Filho votou a favor da emenda constitucional que instituiu o regime parlamentarista como fórmula conciliatória para garantir a ascensão de João Goulart, vice-presidente. Com isso, em seguida, Tancredo Neves foi nomeado primeiro-ministro e Armando Filho foi indicado para o Ministério da Agricultura. Deixou a pasta e reassumiu a cadeira na Câmara Federal. Em outubro de 1962, disputou o Governo de Pernambuco pelo PSD. A eleição foi vencida pelo ex-governador Miguel Arraes.

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