Com Deus e a Verdade

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

O dinheiro tranforma os partidos em “franquias” eleitorais


matapau
Para destruir a democracia, uma das chaves é destruir os partidos políticos. Sem partidos, ela não existe.
A notícia de que o movimento Agora!, de Luciano Huck (e logo virão outros) firmou um “convênio eleitoral” com a Rede de Marina Silva – como já tinha feito com o PPS – não significa uma o que seria uma saudável abertura dos partidos às organizações da sociedade civil.
Significa, isto sim, a transformação dos partido em uma espécie de “franquia eleitoral” para movimentos organizados por empresários e seus prestadores de serviços – nada de pessoal contra tais profissionais – e a criação de bancadas que têm menos ainda a ver com os programas e a vida interna dos partidos – já absolutamente precários no Brasil.

Que tipo de coerência se pode esperar quando se admite tão explicitamente a transformação dos partidos em “barrigas de aluguel”?
De que adianta que, mal ou bem, os partidos estejam sujeitos ao controle das leis  e, em algum grau, da Justiça se eles servem para abrigar organizações que – conquanto possam ser legítimas – estão sujeitas apenas a um controle privado e, não raro, econômico?
Qual é a diferença entre isso e o controle cartorial dos partidos que tanto se critica como sendo “a velha política”? O fato de seus controladores serem personagem do mundo empresarial ou “celebridades” do mundo azul?
O tal Agora!, fui pesquisar, é controlado por meros 90 membros!
O estado e a política que disso saem pode ser vistosos e floridos. “Modernos”, dizem.
São como parasitas, que precisam de hospedeiros. E, no caso da Rede e do PPS, os dois hospedeiros já são resultado de excrecências, o primeiro do PT e o segundo do PSDB.
Mas lhe faltam raízes e, sem elas, não só o viço é passageiro quanto, nos temporais, os elementos em fúria os arrancam e os reduzem a nada.

contrib1

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