É claro que o crescimento de 1% no PIB é algo muito melhor do que as sucessivas quedas que a economia brasileira vinha enfrentando.
Mas recomenda-se guardar o foguetório.
Quatro quintos deste crescimento devem-se à atividade agropecuária, de baixa repercussão no conjunto da economia.
Sem ele, a expansão teria ficado ligeiramente acima de 0,2%.
O consumo das famílias, um dos mais potentes motores de crescimento da economia ficou em 0,1% no quarto trimestre, bem abaixo da recuperação que apresentara nos dois trimestres anteriores.
Dado o grau de profundeza da crise, não é nenhum sinal definitivo um ligeiro crescimento, algo próprio das características cíclicas da economia.
Não há uma dinâmica interna de crescimento que se manifeste nitidamente em indicadores de consumo e de emprego.
Mas há, ao contrário, um cenário mundial que tem nuvens para lá de carregadas, prenunciando uma tempestade que não se sabe quando virá, nem em que extensão.
Esta é a espada colocada sobre nossa economia: o esperado refluxo de capitais para os EUA, por mais que venha sendo protelada a alta dos juros locais é o maior fator de incerteza.
As internas, ao que parece, o “mercado” vem ignorando. Mas escreva aí que serão grandes, num quadro eleitoral onde a palavra caos só fracamente define o que vem por aí.
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