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sábado, 18 de agosto de 2018

Eleições 2018: saiba como foi o 2º debate entre presidenciáveis


Momento mais tenso aconteceu entre Marina e Bolsonaro, em embate sobre direitos da mulher

Eleições 2018: saiba como foi o 2º debate entre presidenciáveis

A candidata contestou o capitão 
reformado sobre afirmação dele de que a 
diferença salarial entre homens e 
mulheres não é uma questão por já ser
 vetada pela CLT (Consolidação das Leis
 do Trabalho).
Foi o momento mais tenso do encontro, que reuniu oito candidatos, e da campanha até
 agora. O PT foi à Justiça reivindicar o direito de Lula participar, mas o pleito foi negado. O ex-presidente está preso em Curitiba e com a candidatura sob análise.
"Não é uma questão de que não precisa se preocupar. Tem que se preocupar sim", disse 
Marina a Bolsonaro.
O deputado havia dito que "é mentira" que defendeu que mulher deve ganhar menos que
 homem. "Na CLT já está garantido à mulher ganhar igual ao homem. Não temos que 
nos preocupar com isso", falou.
Bolsonaro, no entanto, já afirmou que "não empregaria [homens e mulheres] com o mesmo
 salário".
Marina afirmou no debate que a realidade comprova que ainda há diferença remuneratória,
 apesar de ambos terem as mesmas capacidades, e que é função do presidente da
 República lutar contra o problema.
O formato do debate exigia que os candidatos andassem até o centro do palco e fizessem
 questões um ao outro.
Diante de Bolsonaro, Marina criticou o rival por "pegar a mãozinha de uma criança e 
ensinar como é que faz para atirar". "É esse o ensinamento que você quer dar? Você acha
 que pode resolver tudo no grito, na violência", disse ela, sob aplausos da plateia.
Sem tempo para resposta, o deputado encerrou a discussão com uma menção à Bíblia: 
"Leia o livro de Paulo".
O embate entre os dois começou com pergunta do deputado sobre a opinião da adversária a
 respeito de porte de arma. A ex-senadora se disse contrária à proposta.
Notícias ao MinutoPaulo 












Whitaker/Reuters
Foi o primeiro debate televisivo após o registro da candidatura de Lula. Ausente, o 
ex-presidente foi criticado por outros postulantes. O petista sofreu ataques por insistir em
 ser candidato e foi relacionado a escândalos de corrupção nos governos do PT.
A RedeTV! decidiu, na última hora, retirar o púlpito vazio que seria identificado com
 o nome do ex-presidente. A emissora disse que a medida foi tomada por decisão da maioria 
dos candidatos.
Só Guilherme Boulos (PSOL) foi contra a retirada.
Também participaram os candidatos Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT),
 Henrique Meirelles (MDB), Alvaro Dias (Podemos) e Cabo Daciolo (Patriota).
"Aqui não tem púlpito para bandido", disse Bolsonaro na entrada no estúdio, aludindo
 à decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de negar mandado de segurança 
apresentado pelos advogados do ex-presidente.
Durante o debate, Alvaro Dias chamou a candidatura de Lula de encenação.
"É uma afronta ao país, um desrespeito à Justiça, uma violência ao Estado de Direito. A 
democracia exige respeito à lei e todos somos iguais perante a lei", afirmou ele.
O partido de Lula chegou a pedir ao TSE autorização para que ele fosse ao debate, mas o 
pleito foi rejeitado.
Diante de pergunta sobre o espaço vazio que seria reservado ao PT, Marina aproveitou 
para alfinetar a sigla de Alckmin, falando que "esse púlpito está preenchido pelos mesmos
 que estavam no palanque anterior, no palanque do candidato do PSDB".
Bolsonaro se dirigiu a Meirelles para associá-lo ao PT. O capitão reformado lembrou 
que o adversário foi presidente do Banco Central nos dois mandatos de Lula.
Questionado sobre a dívida pública, o deputado, com longas pausas, respondeu 
que, segundo seus economistas, será difícil lidar com o tema. Na sequência, defendeu a
 redução do peso do Estado.
Boulos também atacou Meirelles após o candidato do MDB dizer que a equipe 
econômica da qual ele fez parte, no governo Temer (MDB), foi chamada de "time
 dos sonhos" pela imprensa.
"Esse time dos sonhos do qual você fala virou time dos pesadelos para muitos brasileiros",
 rebateu o psolista. Meirelles foi ministro da Fazenda de Michel Temer.
Alckmin e Ciro adotaram uma dobradinha, escolhendo fazer perguntas um ao outro pelo
 menos três vezes, sobre temas econômicos sobretudo.
Cabo Daciolo (Patriota), um dos mais comentados em redes sociais no debate anterior,
 na Band, circulou com uma Bíblia a tiracolo e repetiu as menções a Deus. Com
 informações da Folhapress.

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