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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Desajustado é o senhor, general


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Você que, como eu, foi criado pela mãe ou pela avó, porque seu pai morreu cedo ou porque  o casal separou-se, fique sabendo: você é, para o General Hamilton Mourão, vice de Bolsonaro, é um “desajustado”.
“A partir do momento em que a família é dissociada, surgem os problemas sociais. Atacam eminentemente nas áreas carentes, onde não há pai e avô, mas sim mãe e avó. Por isso, é uma fábrica de elementos desajustados que tendem a ingressar nessas narco-quadrilhas”.
A diplomacia e as relações comerciais com os países do hemisfério Sul significa “nos ligarmos com toda a mulambada, me perdoem o termo, do lado de lá e de cá do oceano na diplomacia Sul-Sul”.
E os direitos humanos – aqueles da Declaração Universal – são “para humanos direitos”. Para os que o sr. Mourão considera “tortos” vale tortura, assassinato, privação de água, de comida, de diretos? Seus  heróis podem matá-los, naturalmente depois de submetê-los a civilizatórios paus-de-arara?
Quem sabe a Convenção de Genebra, que protege o inimigo estrangeiro capturado de ser submetido a torturas físicas ou psicológicas ou execuções a sangue-frio também não seja obra de esquerdistas infiltrados nos Exércitos do mundo inteiro em 1929?
O general vai se mostrando à altura – ou devo dizer às profundezas? – de seu chefe, o ex-capitão Bombita.
É estarrecedor que seja isso o que o Exército Brasileiro queira apresentar à Nação como mentalidade de seus mais altos oficiais, entre os quais esteve Cândido Rondon, com o seu “morrer se preciso for, matar, nunca”?
Declarações cheias de misoginia e brutalidade, por enquanto. Deus nos livre do que mais, amanhã…
Madalena França

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