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sábado, 1 de setembro de 2018

Lula ainda é candidato e é um erro não tratá-lo assim


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É certo que, nas próximas horas, o PT recorra ao STF contra a decisão do TSE de recusar registro à candidatura de Lula à presidência, apesar de que recurso algum, desde há muitos meses, não tenha seu resultado já definido, mesmo antes de ser escrito.
Não é um capricho ou artimanha – como chama a Veja.
Claro que é um direito e direito deve ser exercido, embora hoje  Direito e tribunais andem bem apartados.
É claro que, na letra da lei, Lula tem todas as condições de permanecer candidato (garantia expressa na lei eleitoral) quanto de ser considerado elegível (previsão de recurso plausível contra a condenação).
Como é claro que, enquanto perdurarem as atuais condições políticas de exceção, Lula não será absolvido nem pela morte de Dana de Tefé.
A questão essencial é, portanto, política.
E já se ouvem os mesmos “sabidos” dizendo, como dizem há cinco meses, que é melhor substituí-lo rápido como candidato, para que Fernando Haddad se torne logo mais conhecido.
De novo, é uma bobagem e só ver quem “dá o conselho” para verificar que são os “muy amigos”.
Haddad vai ocupar os programas de televisão e os recurso permitem a ele, todo dia, afirmar que está lutando pela liberdade de Lula e pelo seu direito de candidatar-se,
Haddad vai percorrer o país se apresentando como o representante – não o “substituto” pretensioso – de Lula.
E deixar claro que, se tiver de ser o candidato, o será para que Lula seja solto e governe por seu intermédio, enquanto não puder ser restabelecida a verdade eleitoral.
O resto, o boca a boca, o povão está fazendo, no seu ritmo.
Com a ajuda da mídia que, mesmo o escondendo, não tem como deixar de falar em Lula todo o tempo.
Se Lula “entregar a rapadura”, que exemplo estará dando a seu eleitor?
Se o povão está com Lula para o que der e vier, porque Lula não estaria como candidato do povão para o que der e vier?
Madalena França

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