Não acredite que o resultado que o gráfico aí de cima, do G1, seja muito bom para Fernando Haddad.
Não é: é espetacular.
Qualquer aluno de segundo grau verá que há um erro básico no gráfico: a distância entre a primeira pesquisa (22/08) e a segunda (10/09) é de 19 dias e entre esta e a de hoje 14/10 são quatro dias e ambas estão representadas com intervalo igual, quando o primeiro deveria ser mais que o quádruplo do segundo.
Haddad cresceu, no primeiro intervalo, em média, 0,25% ao dia, o que dá um ganho de 367,5 mil eleitores ao dia, considerado o eleitorado de 147 milhões de brasileiros com direito a voto.
No segundo, cresceu 1% ao dia, ou 1,47 milhão de eleitores a cada 24 horas.
Neste mesmo período, Bolsonaro cresceu 0,5% diários, mesmo com toda a publicidade e justa apreensão com seu estado de saúde delicado. Em números, ganhou 735 mil eleitores a cada 24 horas.
Num gráfico correto- quem for bom em Excel que se habilite – o ângulo da linha de ascensão de Fernando Haddad é o dobro do de Bolsonaro, mas isso não é destacado.
Ainda assim, o resultado é inquestionável e mostra que há um embate a ser travado entre Haddad e Bolsonaro.
O percentual de Ciro é importante menos pelo que ele revela de possibilidades de sucesso do candidato do PDT e mais pelo que traduz de votos antibolsonaro que se somarão aos de Haddad. mais cedo ou mais tarde, para enfrentar o bolsonarismo.
Marina Silva e Geraldo Alckmin disseram adeus à disputa. Ficarão como resíduos, apenas.
A hora da verdade se aproxima.
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