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sexta-feira, 22 de março de 2019

Clima de “BBB” no governismo: cochichos e ameaças de “paredão”


Quando a política é feita de disputas ocultas, o resultado é uma baixaria sem tamanho.
No Poder360, do bem informado Fernando Rodrigues, anuncia-se a ameaça de “um voto de desconfiança” da Câmara ao Governo Bolsonaro, fazendo votar – e derrotar – rapidamente o decreto que dispensa os norte-americanos de vistos para o ingresso no Brasil, apresentado por Jair Bolsonaro como “grande conquista” de sua visita aos EUA.
Não creio que as coisas tenham chegado, ainda, a este ponto, mas nada mais é de duvidar, do jeito que as coisas vão.
Ouvi, pessoalmente, na TV, o líder do PSL dizer que não tem compromisso de votar a reforma da Previdência se o governo não modificar a sua proposta.
Josias de Souza narra a reunião na casa de  Rodrigo Maia, ontem à noite e sob o impacto da prisão do sogro Moreira Franco, onde o presidente da Câmara repetiu aos líderes partidários o que, segundo Vera Rosa, no Estadão, disse ao ministro Paulo Guedes: que deixará a articulação para a aprovação da reforma e dirá a Bolsonaro um “toma que o filho é teu”.
O presidente da República, mais dedicado a louvar os méritos do ditador Augusto Pinochet em sua visita ao Chile, não abaixa o tom. Poderia ter dito que a prisão de Michel Temer era um assunto judicial, que não deveria ser comentado pelo chefe de outro Poder. Não, preferiu atribuir a prisão aos acordos partidários para obter governabilidade.
Bom para as redes, mas péssimo quando os parlamentares querem cargos no governo e só lhes prometem quinquilharias, ao ponto de algumas bancadas estarem rejeitando as migalhas oferecidas. Deputado recusar cargo é o que o povão chama de “vaca não reconhecer bezerro”.
O clima de “Big Brother”, com intrigas e ameaças, está instalado em Brasília.
(Tijolaço).
Por Madalena França

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