Quero arrancar as grades da minha janela, poder tocar as flores, quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão(Arnaldo Jabor).
Bem assim, quando eu era criança. Estava calor e saíamos para ver a lua e refrescar na brisa da noite.
O que aconteceu a humanidade?
Andávamos descalças e os pés no chão nos fazia tocar o céu. Éramos seguros e felizes. Hoje somos presidiários de nossas casas. Em cada porta um cadeado, em cada janela uma grade, em cada olhar uma desconfiança, e em cada acontecimento violento, o medo.
A sede do ter sempre mais, fez o homem rico de tesouros e miserável de Deus.
Toda violência seja verbal ou física leva a dor e a tristeza. Não ser desonesto hoje é ser medíocre, idiota, imbecil. O ser não tem mais nenhuma importância. A medida do ter nunca chega ao fim. Não levar vantagem em tudo, é sinônimo de tolice. A banalização da honestidade e a personalização da hipocrisia fazem cidadãos serem vistos como bandidos arruaceiros e bandidos como cidadãos.
A impunidade impera para bandidos e a prisão, a tortura e a morte virou o destino dos que lutam por justiça social.
Até quando?
Acho que Jesus já pode voltar. Isso aqui ta tudo errado!
Por Madalena França.
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