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domingo, 24 de novembro de 2019

Ao vivo: Greve na educação do PR pode ser senha para a grande virada no Brasil

Publicado em 23 novembro, 2019
Postado por Madalena França
(Do blog do Esmael Morais)
Por que os ventos das revoltas no Chile e na Colômbia ainda não chegaram ao Brasil? Talvez o primeiro sopro seja a greve da educação no Paraná, a partir de 2 de dezembro, uma espécie de senha para a conflagração contra o neoliberalismo em todo o País.
O diretor da APP-Sindicato Curitiba Norte, Rodrigo Tomazini, participou neste sábado (23) da assembleia geral dos educadores, que decidiu pela paralisação.
O dirigente sindical relata que no próximo dia 3 de dezembro, uma terça-feira, são esperadas 30 mil pessoas na capital paranaense. A ideia é marchar até a Assembleia Legislativa, no Centro Cívico, com o intuito de barrar a votação do projeto do governador Rato Richa, ops, Ratinho Junior (PSD), que liquida com o magistério no estado.
O movimento paredista nas terras das araucárias ganha importância nacional porque é a primeira tentativa, nos estados, de reproduzir o mesmo projeto neoliberal de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes já aprovado no Congresso Nacional.
Dentre as medidas tramitando no legislativo paranaense estão:
• Redução de 350 mil turmas para 100 mil turmas, com fim do ensino médio noturno;
• Diminuição do porte da escola e, consequentemente, demissão de professores e funcionários;
• Delegação ao diretor da escola o poder de demitir professores e funcionários PSS (contratados pelo processo de seleção simples);
• Instituição da alíquota para 14% de contribuição à previdência de servidores da ativa e dos aposentados;
• Idade mínima para aposentadoria: 62 para mulheres e 65 anos para homens; e
• 25 anos de contribuição, 10 anos de serviço público e cinco no cargo de aposentadoria.
A proposta de Ratinho, que tramita na Assembleia Legislativa do Paraná, também estabelece contribuição de 14% sobre valores de aposentadoria que forem maiores que dois salários mínimos nacional. Hoje a contribuição é de 11% sobre o que excede o teto do INSS.
A paralisação da educação poderá afetar o encerramento do ano letivo e comprometer o início das aulas em 2020, haja vista o movimento ser por tempo indeterminado.
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