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domingo, 1 de dezembro de 2019

Veja lança Sérgio Moro à Presidência da República

Do Blog do Esmael
Postado por Madalena França
Campanha anticrime como pretexto ao projeto presidencial.
Reportagem da revista Veja aponta o ministro da Justiça, Sérgio Moro, como candidato à Presidência da República.
Segundo a publicação da Abril, o ex-juiz da Lava Jato jura que não disputará as próximas eleições, “mas é inegável que ele está cada vez mais parecido com um político”.
A Veja erra ao dizer que Moro está “cada vez mais parecido” com um político. Ora, o ministro sempre atuou como político desde o Partido da Lava Jato. A função e o cargo são políticos cuja nomeação dependeu de uma ação discricionária do presidente Jair Bolsonaro.
A Veja enumerou os cacoetes de Sérgio Moro como candidato presidencial:
  1. Desde agosto, Moro tem uma espécie de consultoria informal de imagem.
  2. Abandonou as camisas escuras que foram sua marca enquanto juiz da Lava Jato;
  3. deixou de lado o palavreado empolado, recheado de “excelências” e “escusas”;
  4. começou a bater ponto em reuniões com políticos e bancadas partidárias;
  5. Nos últimos dois meses, quase quarenta parlamentares foram recebidos no ministério
  6. Cinco governadores capitalizaram dividendos eleitorais com a presença do ministro em eventos externos
  7. Moro também fez questão de prestigiar almoços e jantares com as bancadas de PSDB, PSD, PSL, Novo e Cidadania.
  8. Aproximou-se de caciques do Podemos, que sonham com ele na sucessão presidencial.
  9. Recebe frequentemente em seu gabinete prefeitos em romaria à Brasília;
  10. Tira selfies e “salva velhinhas em apuros” no Acre (by Veja).
A reportagem da Veja mostra ainda que empresários de alto calibre avessos à gestão Bolsonaro foram visitados pelo ministro, nem sempre em agendas públicas. Moro esteve com a família Marinho, dona do Grupo Globo, num encontro nunca divulgado. Também foi o convidado principal de um jantar na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Em meio a afagos do patronato, ouviu do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Sydney Sanches que não deveria desperdiçar o capital político conquistado como juiz da Lava Jato.

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