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sexta-feira, 20 de março de 2020

Bolsonaro recebe ‘extrema-unção’ em frente ao Palácio do Alvorada; assista


Postado por Madalena França.
fonte: Esmael Morais.
Publicado em 20 março, 2020
Bolsonaro teme –e com razão– que a crise econômica agravada pelo coronavírus acelere seu impeachment.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no bico do corvo, voltou a receber uma espécie de ‘extrema-unção’ de evangélicos em frente ao Palácio do Alvorada.
Na manhã desta sexta-feira (20), Bolsonaro recebeu uma oração para ‘fechar o corpo’ e culpou a imprensa pela disseminação de que o COVID-19 foi criado na China.
“Vocês têm dito isso, há mais de dois meses, que esse vírus nasceu na China”, disse, eximindo seu filho Eduardo “Bananinha” Bolsonaro do conflito diplomático com o país asiático.
“Não tem nenhum problema com a China. Não tem desculpa nenhuma. Nossa relação é normal”, minimizou o presidente da República.
Na última terça (17), o presidente já havia recebido oração de apoiadores que compararam Bolsonaro a profetas bíblicos e brandaram contra o “Congresso Corrupto” que o ameaça de impeachment.
Bolsonaro discorreu no “quebra-queixo” desta manhã sobre as medidas que estão sendo tomadas pelo governo para combater o coronavírus, como restrições de trânsito de pessoas e criação de voucher de R$ 200 para trabalhadores informações.
“O vírus mata, mas muitos podem morrer por falta de comida”, afirmou, ao levantar-se contra os excessos das medidas que irão paralisar a economia. “Vão me responsabilizar”, disse.
“Daqui a poucos vamos ter problemas de saques no Brasil”, previu, referindo-se à roubos famélicos que existiam no País até os anos 90, na agudização do projeto neoliberal.
Tal qual àquela época, o desespero da fome agora pode trazer de volta os saqueios organizados pelas comunidades famintas.
Para Bolsonaro, há exageros e pânicos espalhados pela mídia acerca do coronavírus. Ele se mostrou cético em relação ao fechamento do comércio por determinação de estados e municípios.
Assista ao vídeo completo da entrevista de Jair Bolsonaro:
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