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terça-feira, 17 de março de 2020

Detentos se rebelam em presídios de SP


Madalena França via magno Martins
Por Estadão Conteúdo
Quatro rebeliões aconteceram em presídios de São Paulo ontem. Em pelo menos um deles, houve fuga de detentos. A direção do presídio de Mongaguá, na Baixada Santista, estima em cerca de 350 os fugitivos.
Além de Mongaguá, também há registro de revoltas nas penitenciárias de Tremembé, Mirandópolis e Porto Feliz. Nas duas primeiras, a Polícia Militar e os agentes penitenciários conseguiram controlar os motins. Em Porto Feliz, o Grupo de Intervenção Rápida (GIR) e a PM estão cercando o presídio para conter a rebelião.
Em todos os presídios rebelados há presença de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). A direção da Secretaria da Administração Penitenciária informou que só será possível saber o número exato de fugitivos em Mongaguá após o término da contagem dos presos.
De acordo com o sindicatos dos agentes prisionais, a onda de motins atingiria uma quinta prisão: o Centro de Ressocialização de Sumaré. A razão das revoltas, segundo os agentes, seria o fato de os presos temerem perder o direito a saída temporária de Páscoa em razão da epidemia de coronavírus.  
"O motivo parece que é a situação de que o TJ (Tribunal de Justiça de São Paulo) proibiu as "saidinhas" e o trabalho externo de presos", diz o presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional, Fabio Cesar Ferreira. "Amanhã seria a primeira 'saidinha', né? E quase 20 mil presos queriam sair no feriado da Páscoa"

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