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terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Depressão econômica foi sentida com queda de 26% na venda de veículos novos em 2020

 

Do Blog do Esmael 

Postado por Madalena França

depressão econômica no país pode ser medida pelo encalhe de veículos novos nas montadoras. Segundo a Fenabrave, a associação dos concessionários, as vendas de veículos novos caíram 26,16% em 2020. Foi a maior queda anual desde 2015, quando as vendas murcharam 26,5%.

A Fenabrave atribui a queda na venda de veículos à pandemia de coronavírus, porém havia sinais de depressão ainda em 2019 por causa de medidas econômicas governamentais recessivas.

A depressão econômica é mais grave que a recessão. É quando há superprodução e não há quem compre as mercadorias. No caso, os pátios das montadoras estão superlotados e não há quem acredite no País e se endivide comprando um carro novo.

De acordo com a Fenabrave, foram emplacados 2.058.315 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no ano passado, o menor número dos últimos 4 anos. Como comparação, em 2019 foram 2.787.618. Em 2016, foram 2.050.240 unidades.

Bolsonaro não consegue fazer nada

Por outro lado, o presidente Jair Bolsonaro declarou nesta terça-feira (5) que o Brasil está quebrado e ele não consegue fazer nada.

“Chefe, o Brasil está quebrado, e eu não consigo fazer nada. Eu queria mexer na tabela do Imposto de Renda, teve esse vírus, potencializado por essa mídia que nós temos. Essa mídia sem caráter. É um trabalho incessante de tentar desgastar para tirar a gente daqui e atender interesses escusos da mídia”, afirmou o presidente para um grupo de apoiadores na parte externa do Palácio da Alvorada.

A fala de Bolsonaro vem de encontro com os dados depressivos na economia, que, sem o auxílio emergencial, tende a pior nos próximos meses.

A equipe econômica apostou erradamente na retirada de direitos, redução de salários e precarização da mão de obra para aumentar a competitividade e desenvolver a economia. No entanto, a ausência de massa salarial travou a econômica e causou a depressão.

A situação é a seguinte: tem que produza os bens de consumo a preço baixo, com superexploração do salário, mas não existe massa salarial suficiente para adquirir os produtos.

O governo Bolsonaro –e os estaduais também seguem a mesma linha–tenta restabelecer a capacidade de gastos públicos com aumento de impostos e tarifas. É aí que a coisa se complica de vez.

Trocar impostos e tarifas por empregos e conforto

“Na crise de 2008 congelamos as tarifas de água e de energia elétrica”, disse o ex-senador Roberto Requião (MDB), que esta semana lançou sua pré-candidatura ao governo do Paraná. “Os mais pobres tinham energia gratuita até 100 kilowatts, para que funcionasse uma geladeira que fosse possível um banho quente no inverno. Evitava uma pneumonia ou a deterioração dos alimentos”, disse.

Requião propõe voltar ao Palácio do Iguaçu, sede do governo do Paraná, para restaurar programas sociais e retornar seus programas de microcrédito e isenção fiscal para alguns setores de pequenas e médias empresas.

Na época que foi governador, o emedebista isentava tarifas de água e luz e ainda reduzia impostos de 95 mil itens alimentícios. “É a troca de impostos por empregos”, disse.

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