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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Fantasma de Cunha assombra Maia na véspera da eleição

 


Ainda repercute a divulgação das primeiras páginas do livro "Tchau, querida", que tem o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB) como autor. O período que tem passado preso se revela bastante produtivo. Não são suas memórias do cárcere, mas revelações do período em que conduziu a Casa Legislativa e acolheu um dos pedidos de impeachment, resultando na queda da então presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016.

Segundo Cunha, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi um dos grandes artífices do declínio petista. "Foi no apartamento de Rodrigo Maia, em São Conrado no Rio de Janeiro, em 10 de outubro de 2015, em uma reunião articulada por ele, com o então líder do PSDB Carlos Sampaio e o então líder da minoria Bruno Araújo, que se decidiu a mudança, exigida por mim do pedido de impeachment, que tinha sido apresentado na Câmara", escreveu.

"Sampaio foi o encarregado da redação, junto aos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr. Foi essa mudança que levaria a minha decisão, de aceitação do impeachment, já que foi nesse momento que se incluiu os decretos orçamentários, editados em agosto de 2015, já no segundo mandato de Dilma, sem autorização do congresso. Nesse momento praticamente se selou a decisão do impeachment", prosseguiu.

Ainda de acordo com Eduardo Cunha, o vice-presidente à época, Michel Temer (MDB), "foi sim o militante mais atuante e importante. Sem essa sua atuação não teria havido o impeachment". Com a saída de Dilma, Temer conduziu a Presidência até o final de 2018. 

O candidato hoje apoiado pelo PT na disputa pela Presidência da Câmara, Baleia Rossi (MDB-SP), também teve "protagonismo" no impeachment, segundo Cunha.

Madalena França

Via Magno Martins 

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