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quinta-feira, 8 de abril de 2021

Como próximo passo, Paulo Câmara e Lula vão à mesa

 


A reunião entre dirigentes e lideranças petistas e socialistas, realizada na última terça-feira, foi proposta pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. Nas hostes petistas, o encontro é visto como o primeiro movimento sólido na busca de uma pacificação que mira 2022. O próximo passo já está no cronograma dessa recomposição e será uma reunião entre o ex-presidente Lula e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, vice-presidente nacional do PSB. Desta vez, os dois terão uma conversa sem mais espectadores. O martelo ainda será batido sobre a data, segundo a coluna apurou. Nacionalmente, o PSB tem grande relevância para o projeto presidencial do PT, cuja meta, para 2022, é ter os socialistas na aliança e não mais na condição de neutralidade como ocorreu em 2018. Na missão de sedimentar esse caminho, Lula, no encontro virtual anteontem, passou a dançar conforme a música que vem sendo cantada pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, que é a unidade do campo progressista em detrimento do perfil hegemonista do PT. Ainda em 2019, Siqueira chegou a afirmar o seguinte: "Entre o PT e o Brasil, o PT sempre escolhe a si mesmo". Fez a crítica em relação à orientação dada por Lula, assim que deixou a prisão, no sentido de que o PT tivesse candidatura em todas as capitais.

Ali, Siqueira avisou: "Não vamos aderir a quem não quer apoiar ninguém com todo respeito ao PT". No ano passado, Pernambuco, que está para o PSB como o projeto presidencial de Lula está para o PT, foi palco de novo imbróglio entre as duas siglas, mais especificamente, a Capital, onde o PT bateu o pé e levou adiante a candidatura de Marília Arraes, contrariando as tentativas de aliança dos socialistas. Na última terça, após a reunião virtual, Siqueira, à coluna Painel da Folha de São Paulo, descreveu um Lula bem diferente daquele de 2019: "Mostrou muita disposição, mas também desprendimento. Disse que não será candidato de qualquer forma, que não está reivindicando essa condição". A flexibilização de Lula parece ter soado como música aos ouvidos de Siqueira, que acenou: “Penso que temos uma grande responsabilidade de juntar o maior número de forças políticas democráticas para superar essa fase trágica". A mudança de tom dos dois dirigentes precede a próxima fase, que é Lula ir à mesa com Paulo Câmara.

Entre Henry e Miguel, mais prazo
A reunião de ontem entre o presidente do MDB-PE, Raul Henry e o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho resultou em uma troca de impressões inicial sobre 2022. Trataram das conjunturas local e nacional. Henry ponderou que a prioridade hoje é enfrentar a pandemia, que assunto de política pode soar como insensibilidade, mas disse que é preciso voltar a conversar.

Mea Culpa - Antes de emitir nota oficial, ontem, sobre a abstenção na votação do PL 948/21, que trata da aquisição de vacinas pela iniciativa privada. Marília Arraes já havia feito gesto no grupo de WhatsApp do diretório do PT, onde admitiu ter cometido erro e pediu desculpas, informando que soltaria nota pública.

Licitações 1 - Um consenso entre os palestrantes do seminário sobre a nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos, realizado ontem pela PGE-PE: é importante que a Administração Pública não se apresse a utilizar a nova lei, antes devendo investir na capacitação dos servidores e na estruturação interna.

Licitações 2- Em vigor desde a última quinta, a Lei nº 14.133/21 prevê um período de convivência com as leis que ela substituirá. No quesito padronização, em Pernambuco, desde 2019, decreto estadual prevê a utilização obrigatória de modelos de editais e instrumentos de contratação padronizados produzidos pela PGE-PE.
Do Casinhas Agreste 
Postado por Madalena França

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