Com Deus e a Verdade

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

A sociedade que se cala é cumplice da impunidade, em vez de gritar geme de fome, de medo, de dor...

 
                                              

      Como seria bom se todos os cidadãos se dessem as mãos para por fim aos crimes de diversos viés. Sejam políticos, sociais, étnicos, religiosos ou qualquer outro. Muitas vezes o povo se acostuma com a criminalidade como se fosse algo normal. Enquanto você ler   esse texto que ora escrevo, dezenas de crimes estão acontecendo ao seu redor que poderiam ser evitados se você não se calasse.

A gente se acostuma a ver desvios de verbas públicas todos os dias, mas a gente diz  o quê? É assim mesmo! Todos eles roubam! Já dizia Platão  há milênios : "Detendo o Poder e certo da impunidade , o homem se sente Deus entre os homens". Assim no eu quero , eu mando e eu posso vai destruindo sonhos, se apossando do direito que é do outro, armazenando riqueza e cada vez mais poder de dominar espaços e se especializar na criminalidade, a ponto de parecer inocente e ser venerado aos olhos das pessoas idiotizadas que não sabem ler o mundo a sua volta como um homem bom e achar normal pessoas serem perseguidas, humilhadas, negadas nos seus direitos. Ainda chamamos bandidos de colarinho branco de Doutor, Patrão, Amigo...

A gente se acostuma a ver a moto ser roubada do lado da gente, e não denunciar por medo do marginal, o marido arrebentar a mulher e a gente se calar porque nos ensinaram que em briga de casal ninguém mete a colher, o som do vizinho perturbar no último volume idosos e todos que tem bom senso, as crianças expostas  a tudo que não presta e a gente se cala, afinal o filho é do outro e você não tem a ver. Esquecemos  que se o filho do outro vira bandido o seu pode ser a vítima e vice versa.

A gente se acostuma a ver os crimes étnicos   e achar graça na piada contra o negro, os homossexuais, a mulher, o pobre, o gordo  afinal , a gente não se coloca no lugar do outro e nem sente a dor de quem é discriminado e sofre o preconceito de não ser do padrão da sociedade dita correta.

 A gente se acostuma com o Padre babão dos poderosos, cumplice dos pecados dos que roubam pobre mas doa coisas boas a igreja, com o Pastor que toma o último centavo do fiel, lhe manda penitenciasse com jejum e vai para o restaurante comer picanha, que contrata charlatões para levantar das cadeiras de rodas, porque o pastou fez dez milagres num só culto, enquanto o pastor vai colecionando mansões , os fieis vão se tornando cada vez mais alienados a ponto de dar tudo que tem no bolso ao fdp do pastor e ir pra casa morrendo de fome. Afinal, quem é louco de falar de Pastor? Quem fala é pq não aceita Jesus e de padre é porque já tá no inferno!  Como se Jesus fosse Objeto de compra e venda dessas pessoas que usam a fé para esconder sua falta de caráter. Pobres inocentes é quem o seguem!

Concluindo , a gente se acostuma a se calar; por medo, por ignorância ou por oportunismo e assim vai ascendo cada dia mais, as sociedades marginalizadas, violentas, onde o rico cada vez fica mais rico, o pobre cada vez fica mais pobre e os políticos encontram segurança na impunidade. Fez uma vez, duas, três... não foi punido, fará sempre, porque encontram terreno fértil para plantar suas arbitrariedades e ainda colher aplausos dos idiotas. A impunidade só é segura porque a cumplicidade é geral.

O comum de quem sente dor seria gritar, mas como nos ensinaram que temos que sofrer calados, enquanto os  poderosos nos provocam dor a sociedade geme.

Por Madalena França.

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