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domingo, 19 de dezembro de 2021

Bebendo e poetizando: Magno Martins rasga elogios a um Bar e restaurante em afogados da Ingazeira que respira poesia


Já imaginou tomar uma gelada no Sertão do Pajeú das Flores, onde todas as almas são de cantadores, ouvindo ao vivo poesia improvisada em qualquer mote dado, com direito a se divertir também com causos antológicos de Rogaciano Leite, Pinto do Monteiro, João Paraibano e Sebastião Dias? Não ache que é ficção, obra imaginária dos poetas sofridos de amores que se vão e que voltam.

É realidade. Está no bairro da Ponte, da minha Afogados da Ingazeira, a 386 km do Recife. Conheci, há pouco, e fui recebido pelo seu anfitrião, o grande e imortal poeta Diomedes Mariano, ou simplesmente Dió. Sabiá do mote nostálgico pajeuzeiro, Dió cantou com celebridades, entre eles João Paraibano e Valdir Teles, hoje já animando as cantorias celestiais. E de vez em quando é desafiado por celebridades que continuam cantando e encantando o País em desafios e até cantorias de pé de parede, como Ivanildo Vila Nova.

Aos que não tiverem sensibilidade nem alma poética, não aconselho a visita. Lá é um bar e restaurante de ambiente sagrado, para quem gosta de poesia, como meu irmão Augusto Martins e sua esposa Socorro, que viajaram na imaginação do tempo do verso solto e leve, ao meu lado, ouvindo as resenhas poéticas de Dió. Uma tarde maravilhosa. Dió é um dos mais completos poetas do Sertão. Declama, canta, rima e conta causos.

O cantinho de Dió, além da prosa e do ritmo cadente do improviso, tem iguarias maravilhosas da culinária sertaneja. Enquanto estive por lá, degustei pratos irresistíveis, como uma charque à moda. Tem de tudo. De uma boa e saudável carne de sol a um peixe à delícia.


Apaixonada por Poesia eu já quero Conhecer.

Magno Martins/ Madalena França


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