Com Deus e a Verdade

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Malfeitora da vida pública é o título da coluna de Sexta do Magno



Esta eleição para o Governo de Pernambuco, especialmente a sua etapa final entre duas mulheres, tem um forte componente do jogo oportunista. De um lado, Marília Arraes, candidata do Solidariedade, que exibe seu lado de forma crua e nua. Chega a estampar um sorriso largo quando diz que tem lado, o lado ideológico da esquerda, o lado de Lula, adorado por grande parcela da população mais sofrida socialmente e economicamente.

De outro, Raquel Lyra, que embora venha do berço da esquerda, nunca foi esquerda. É uma social democrata, filiada ao PSDB. Já votou em Aécio Neves, que abonou sua ficha de filiação ao partido. Diferente da ousada e destemida Marília, Raquel tem vergonha de assumir que o seu candidato é Bolsonaro e que votará nele.

O velho José Mendonça Bezerra, pai do deputado federal eleito Mendonça Filho, dizia que político tem que ter lado. A Bíblia diz que o cristão temente a Deus não poder ser morno. Melhor ser frio ou quente. O morno é a neutralidade, é o muro. Quem adota muro não é frio nem quente, é morno. A Bíblia diz que é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus.

Diz também: “Seja quente ou seja frio. Não seja morno, senão te vomito”. O que isto significa?  Por estarem “mornos” no sentido espiritual, os fracos tornam-se “crentes de fachada”, apenas mantendo as aparências, mas não guardam a palavra de Deus em seus corações.

O trecho bíblico alerta para a necessidade de mudar, mudar de postura, sob o risco de não aprovação por Deus. Por que Raquel é morna e não quente ou fria? Porque falta-lhe coragem para assumir que vota em Bolsonaro. Sua neutralidade é a postura mais execrável, a do oportunismo, ou seja, quer tirar vantagem dos dois lados, dos que votam em Lula e Bolsonaro.

Dramaturgo e pensador alemão, Bertolt Brecht dizia que os que se omitem, fingem e mentem no jogo da política são os maiores malfeitores da vida pública.

Nota cinco – Na rádio Jornal, em debate ontem, Marília só não chamou Raquel Lyra de arroz doce. “Você era aliada a Paulo Câmara e depois se juntou a Temer e a Bolsonaro. Você ficou em Caruaru, enquanto eu estava em Brasília, em Pernambuco, trabalhando bastante. Caruaru lhe deu nota cinco, porque você é especialista em prometer e não cumprir”, disse ao responder às insinuações de que a adversária, candidata pelo Solidariedade, estava alinhada ao Governo Paulo Câmara.

Tropeço e mentira – No mesmo debate, Raquel disse que mudou os índices da violência e reduziu homicídios. Mais uma mentira, segundo Marília, porque os municípios não cuidam da segurança pública, responsabilidade dos Estados. Já no debate da Fiepe, Raquel também mentiu quando apontou o dedo para a atual prefeita de Surubim, Ana Célia (PSB), como responsável por um triste episódio no qual uma cabeça decapitada de um detento serviu para jogo de futebol. A prefeita foi ao guia de Marília, ontem, para dizer que Raquel mentiu e que no referido episódio já não respondia pela Funase.

Da Coluna do Magno Martins desta sexta- feira.

Postado por Madalena França.

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