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terça-feira, 18 de outubro de 2022

Raquel Lira nunca votou em Lula:“O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética… O que me preocupa é o silêncio dos bons”.

 

Raquel nunca votou em Lula

Por Jair Pereira*

A candidatura de Raquel Lyra (PSDB) representa uma conquista de território para

 os bolsonaristas em Pernambuco. A desfaçatez dos que estão no palanque dela

 só é proporcional à negação do presidente Jair Messias Bolsonaro sobre a sua 

responsabilidade frente ao chamado Orçamento Secreto, que é o maior

 escândalo de corrupção hoje no Planeta Terra, como bem definiu a senadora 

Simone Tebet (MDB).

Raquel não votou com o palanque de Lula nas eleições de 2014, 2018, 2020, no primeiro turno de 2022 e não votará no segundo turno. O presidente nacional do seu partido, Bruno Araújo, é anti-Lula. Seus aliados do União Brasil, Miguel Coelho e Mendonça Filho, já declararam publicamente que vão votar em Bolsonaro. Anderson Ferreira e Gilson Machado, do PL, são bolsonaristas convictos.

A candidata a vice-governadora, Priscilla Krause (Cidadania), já declarou que 

não vota com Lula. Ganha uma viagem à Paris, em classe executiva, quem 

descobrir qualquer declaração pública da ex-prefeita de Caruaru contra Bolsonaro.

 “O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos,

 dos sem caráter, dos sem ética… O que me preocupa é o silêncio dos bons”.

Esse pensamento é atribuído ao ativista negro de direito humanos Martin Luther King

. Mas, a propósito, é muito exato para a compreensão dos que ainda têm dúvidas sobre

 o voto a dar no próximo dia 30. A história registra que foi sob o silêncio cúmplice

 dos decentes, a omissão e a conivência dos que se disseram neutros que alguns dos

 maiores crimes acabaram sendo perpetrados contra a democracia e contra a humanidade.

Quando os bons se calam, os maus triunfam. Os movimentos podem até ser distintos,

 mas se conjugam no resultado final. Com um Brasil completamente polarizado na

 dicotomia “nós x eles”, precisamos refletir sobre o barulho feito por aqueles que são

 maus em essência e que se aproveitam do silêncio dos bons para nadar de braçada.

 Precisamos ser melhores. Enquanto nação, enquanto povo. Não apenas enquanto 

eu ou você, que lê este artigo.

O País está dividido entre aqueles que são contra Lula e aqueles que são contra Jair

 Bolsonaro. Ambos os lados têm suas razões e suas justificativas para tanto. Mas 

muitos tentam, de última hora, viabilizar a tal candidatura neutra de Raquel fora

 desse eixo. Estão sim a serviço da extrema direita do Estado e ajudando a limpar 

o território para que os bolsonaristas ocupem uma posição privilegiada em

 Pernambuco, pela primeira vez.

*Jornalista

Marília bate no presidente – Tão logo acabou o debate na Band entre Lula

 e Bolsonaro, a candidata ao Governo do Estado pelo Solidariedade, Marília 

Arraes, postou sua avaliação, não poupando críticas ao presidente Jair Bolsonaro, 

candidato à reeleição pelo PL. “Bolsonaro tem compulsividade em mentir. O 

que é isso, minha gente? Que pessoa lamentável”, afirmou. Já Raquel Lyra, 

sua adversária na disputa do segundo turno, nada comentou. Ficou, literalmente, 

em cima do muro, como tem agido a candidata.

DA Coluna do Magno Martins

Postado por Madalena França

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