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sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

a suspensão de impostos federais, criada por Bolsonaro para tentar ganhar a eleição, deixa de valer no sábado (31). Lula não quer combustíveis em paridade com o dólar

 O novo dirigente da Petrobrás diz que política de preços é assunto para o Lula.



O futuro presidente da Petrobras, senador Jean Paul Prates (PT-RN), disse ao blog da Andréia Sadi que a política de preços dos combustíveis é “assunto de governo, e não apenas de uma empresa de mercado”.

O nome do parlamentar como novo chefe da Petrobras foi confirmado ao blog pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann. O anúncio oficial deve ocorrer hoje.

“A Petrobras se ajustará às diretrizes que o governo, tanto como governo quanto como acionista majoritário, determinar. Mas certamente todos neste processo irão levar em conta a conciliação entre ter vantagem de se produzir petróleo e combustíveis no Brasil e o retorno do investimento de acionistas e parceiros”, afirmou Prates.

Hoje, ao definir o valor de venda do diesel e da gasolina para as distribuidoras, a Petrobras segue o Preço de Paridade Internacional (PPI), que consiste em seguir o preço de comercialização desses combustíveis no resto do mundo.

Esse método, criticado tanto pelo atual governo como pelo futuro – na campanha, Lula disse que ‘não posso enriquecer o acionista e empobrecer a dona de casa – foi adotado em 2016, durante o governo Michel Temer (MDB).

Até então, os preços eram definidos pelo governo e, para conter a inflação, a Petrobras vendia gasolina e diesel a preços abaixo do mercado.

O preço dos combustíveis está entre os primeiros desafios que Lula vai enfrentar ao assumir o governo, daqui a dois dias. Isso porque a suspensão de impostos federais, criada por Bolsonaro para tentar ganhar a eleição, deixa de valer no sábado (31). A estimativa do Centro Brasileiro de Infraestrutura é que o impacto para o consumidor vai ser de R$ 0,69 por litro na gasolina, R$ 0,26 no etanol e R$ 0,33 no diesel

Postado por Madalena França

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