Esse é um artigo de opinião. Aceito as críticas porque já escrevo sabendo que não vou agradar a muita gente, mas o faço com consciência. Orobó é terra de devoção. A festa da Padroeira sempre foi um marco na vida da comunidade católica. Porém nos últimos anos , ela vem se reinventando. Desde que padres famosos como Fábio de Melo, Antonio Maria, e este ano, Alessandro Campos, vem fazer show no dia 09, que o 8 se apresenta mais vazio. Pelas imagens dá para se notar, que mais gente saiu de casa para ver o Padre Campos, do que para procissão da Mãe de Deus. Por isso, digo que todo ídolo é perigoso. Nada contra os padres. Eles são todos lindos. De todos eu sou mais adepta de Antonio Maria, pelo menos ele usa a batina. Para mim, vejo esse homem como um cantor sertanejo comum. Lindo, de voz forte, e roupa coladinha que desperta muitos sentimentos. Não que a pureza esteja na roupa. Esta pode estar na alma, mas é pelo conjunto da obra. Apresentador de TV, muito famoso, dançante, com um rebolado característico do ritmo sertanejo Universitário, ele está mais para um cantor comum, a exemplo de Rodolffo Matheus, do que para um padre. Muita gente se perderia fácil nesse rebolado(rsrsrs).Além disso, ele é politicamente tendencioso a Direita Golpista, exploradora de pobre. Esse não é um conceito que considere exemplo de servo de Deus.
E o povo?
Orobó me parece ter um povo delirante , fora da realidade. Os ídolos de Orobó podem ser visivelmente endeusado nos Políticos, nos possíveis "heróis da fantasia". Vi muitas pessoas se posicionando na frente da igreja no dia oito, para ser fotografado com o Deputado Chaparral e sua família. Vários Blogs destinados a fotografar cada sorriso e cada abraço. Sou Blogueira, mas nunca ninguém me viu fazendo esse tipo de registro numa missa, porque para mim, isso não é notícia. Que coisa de se admirar é um a pessoa católica , batizada, estar na Missa? Engraçado, são as manchetes que saem na mídia no outro dia: fulano de tal, prestigiou a Missa, como se o mais importante fosse o fulano e não Jesus.
Enquanto a Cidade refrete o colorido das luzes, há um apagão na realidade dos que sofrem, com doenças, falta de remédios, até as estradas rurais foram alvos de várias denúncias de abandono, buraqueira e falta de piçarra nas redes sociais essa Semana. Passei pelo prefeito e brinquei Bora Biu! Como se lhe dissesse , algo não anda bem Biu. Veja além do colorido e alegorias urbanas. Mais discreto, Ele continua parecendo que a cadeira que lhe foi confiada não lhe pertence. Fica ali ao lado do deputado, como um segurança particular. Volto a dizer: eu leio Orobó como a terra da fantasia. A Alice no País das maravilhas é apenas um conto e a Chapeuzinho Vermelho continua correndo muito risco ao levar o cesto de doces a vovozinha.
Por Madalena França
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