Por Heron Cid*
João Pessoa (PB) foi palco da reunião dos governadores do Consórcio Nordeste.
Presidida pelo governador João Azevêdo (PSB), da Paraíba, o encontro apontou
as prioridades a serem apresentadas ao presidente Lula. No geral, investimentos
em infraestrutura, energias renováveis e sugestões de reforma tributária.
O Nordeste tem, nessa quadra, uma oportunidade única. A de atualizar seu
papel neste novo tempo de país e de se reposicionar enquanto região estratégica,
e virar a chave do estigma de porção periférica.
Agora com as águas da Transposição, o histórico Nordeste da seca tem de
desaguar o território com grande vocação para fruticultura e produção de alimentos.
Do povo vítima de preconceito para grande polo formador de privilegiada mão
de obra em tecnologia e inovação, com capacidade de preservar aqui o seu
estoque intelectual e criativo.
De estados com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para o metro
quadrado de maior potencial de produção de energias renováveis.
Se o Nordeste não é mais o de antes, também deve se comportar igualmente diferente.
Ao invés do humilhante pires na mão, um cardápio rico a oferecer ao Brasil.
Para ser visto de outra forma, precisamos primeiro nos ver de outro modo.
Quebrando o retrovisor de quem nos enxerga pequeno e deixando para trás
nossa tentação de autocomiseração, um Nordeste que pensa, age e é grande!
A articulação unificada dos governadores é um passo importante. Com portas
reabertas no Planalto, chegou a hora de cobrar a fatura desse peso político
decisivo na balança de 2022.
A dívida eleitoral de Lula com a região é enorme e a compensação
administrativa tem de ser exigida na mesma proporção do crédito.
Nada a menos.
*Jornalista, apresentador de rádio e televisão, entrevistador,
articulista político, fundador e diretor do Portal MaisPB e da Rede
Mais Conteúdo.
Postado por Madalena França
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