Se fizer um raio-x
Na transparência de Orobó
A chapa sai como piche
Preto igual petróleo cru
Não há antídoto que limpe
Os caroços desse angu.
Pela lente da verdade
Se enxerga a poluição
Nos traços escritos na mídia
E na real situação.
A terra da "transparência"
É pão, circo e palhaçada
O que se escreve na mídia
Paga pra contar piada
O povo sério não ri
E nem quem conta, acha graça.
Vá nos Postos de Saúde
Falta remédio e doutor
Obras se tem por aqui
A preço de diamante
É coisa pra cego ver
A realidade distante.
O Fundeb é escuridão
A folha de pagamento
Lembra o Mar do Sertão
Um secretário jumento
Passou na Televisão
Quem seria o Shopping Center
De Orobó , vida real
Sadabodó, o prefeito
Um vigarista abestalhado
Mas a vilã, Teodora
Quem mandava no babado
Tem gente sem saber ler
Na folha da Educação
O salário é de doutor
Mas dele ver, um tostão
O que interessa é o nome
Pra fazer preenchimento
E a conta dá tudo certo
Pra fazer o "MOVIMENTO"!
A terra é tão transparente
Que até hoje não achou
Quem roubou 2 milhões e meio
Da previdência do servidor
Foram 4 laranjas presos
Mas a Justiça soltou
Que varreu todas as contas
E o dinheiro não achou.
Dizem que eram piabinhas
Malandrinhos, prepotentes
O Tubarão não se encontrou
No IPREO ficou o rombo
Que nunca ninguém tapou.
O professor só tem direito
De ir pra escola ensinar
Se perguntar pelo Piso
Vira alvo e inimigo
Do trio que é popular.
O professor da região
Tem proventos, tem rateio
E o Orobó transparente
Zera o cofre todo ano
Trapaceia, engana a gente.
O prefeito é mudo e surdo
Quando deve responder
Não sabe de precatórios
Piso pra ele, é cimento
Tem até charge na mídia
Dele alisando cimento.
Se bater um raio- x
Nas contas de Orobó
O cofre é o Pulmão
Que segue respirando esgoto
E lama da corrupção
Por Madalena França
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