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quinta-feira, 1 de junho de 2023

Alepe intermedia negociação entre Sintepe e Governo




 Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

A governadora Raquel Lyra (PSDB) deve sinalizar, até amanhã, se pretende governar com base na construção do diálogo ou insistir em passar por cima dele. Ao menos no que diz respeito aos profissionais da educação de Pernambuco, que em meio às negociações com o Governo, terminaram surpreendidos com o pedido de urgência da governadora na aprovação do projeto de lei que deixa de fora mais de 52 mil profissionais do reajuste de 14,95% do Piso Nacional do Magistério.

O pedido de resposta a Raquel foi solicitado, ontem, pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Álvaro Porto (PSDB), durante encontro intermediado pela Alepe com representantes do Governo e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintepe). O objetivo foi propor a retirada da urgência do PL 712/2023 e a retomada da negociação com vistas a um reajuste para toda a categoria, não para apenas 6 mil servidores concursados da Rede Estadual de Ensino, como previsto no PL enviado pela tucana.

De acordo com a presidente do Sintepe, Ivete Caetano, há espaço no orçamento do Governo de Pernambuco para que a aplicação do reajuste contemple toda a categoria. “Os recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção da Educação Básica) não pode ir para Saúde, nem para Segurança ou para lugar algum que não seja a educação, igualmente, ele pode e deve ser usado para o pagamento da folha dos servidores da educação”, argumenta.

Segundo cálculos do Sintepe, são 93% dos recursos que podem ser aplicados na valorização profissional e ainda sobraria 7% para outros investimentos na educação. “Além disso, a área ainda conta com outros recursos, inclusive os que vem do Governo Federal que podem ajudar no financiamento da educação”, avaliou Ivete.

Presente no encontro, o presidente da CUT-PE, Paulo Rocha, ressaltou a importância da Mesa de Negociação entre Sindicato e Governo. “O governo ultrapassou a principal etapa do processo de negociação que é o diálogo. Estamos pedindo apenas que as etapas sejam realizadas e a retirada da urgência no PL será essencial”, disse.

“Não queremos quebra de braço, por isso a retirada da urgência desse PL é uma vitória para todos”, afirma o diretor da CUT e membro da Comissão de Negociação do Sintepe, Paulo Ubiratan.

Postado por Madalena França via Magno Martins

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