Do Blog do Magno Martins
O Tribunal de Contas de Pernambuco suspendeu um
a licitação de compra de kit escolar para a Secretaria Estadual de Educação, no valor de R$ 58.201.397,61. A denúncia, feita por uma empresa concorrente, aponta exigências absurdas no edital, dando a entender um direcionamento de licitação.
Segundo a denúncia, houve “restrição à competitividade ao exigir o cumprimento de norma de Segurança de Brinquedos da União Europeia”. Além disso, não foi cumprido o prazo de 8 dias úteis para apresentação das propostas. O TCE verificou os argumentos, os indícios, e barrou a licitação a tempo, sem prejuízo para os pernambucanos.
O caso cai no colo de Alexandre Schneider, que a governadora Raquel Lyra trouxe diretamente de São Paulo para gerir a educação de Pernambuco. É que o episódio rememora um escândalo nacional em que Schneider, então secretário de educação da capital paulista, foi personagem central em 2012. O caso ficou conhecido como a Máfia dos Uniformes, denunciada pela Revista ISTOÉ.
MÁFIA DA EDUCAÇÃO
Em setembro de 2012, a revista ISTOÉ estampou em suas páginas uma denúncia de esquema nas licitações da educação sob gestão de Alexandre Schneider. É importante dizer: a justiça condenou o empresário envolvido, e Schneider se livrou da acusação.
Um ex-executivo da empresa investigada pela Polícia Federal, Djalma Silva, dedurou o esquema de fraudes com a Prefeitura de São Paulo. Disse, com todas letras, que o fornecimento dos kits de uniformes envolvia pagamento de propina acertada por Alexandre Schneider.
Segundo ele, o esquema foi operado desde 2006 pelas mãos do secretário Schneider. “Acertamos (uma comissão de) 4%. Se o Serra ganhar, você paga isso; se for o Russomanno, tem que renegociar. Aí tem que fazer um novo processo. Isso foi negociado pelo Alexandre Schneider”, diz a denúncia à PF, revelada pela revista.
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